Esta segunda-feira (20) não foi um dia para apostar em riscos. O aumento do temor com a variante Ômicron, que parecia adormecido nos últimos dias, voltou a mostrar força. E os preços do petróleo voltaram a despencar no pregão devido às incertezas geradas com o avanço da Ômicron pelo planeta.
Em resumo, os contratos futuros para fevereiro do barril de Brent, que é a referência mundial, caíram 2,7% no pregão de hoje ou US$ 2. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 71,52 na ICE, em Londres.
Já os contratos para janeiro do barril West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, tiveram uma queda ainda mais expressiva no pregão (-3,7% ou US$ 2,63). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 68,23 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Aumento do temor com Ômicron derruba preços
No pregão de hoje, a Ômicron, declarada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostrou que realmente preocupa. A variante segue se espalhando pelo mundo em uma época em que a Delta continua forte. Aliás, a OMS revelou que a Ômicron tem uma disseminação mais rápida que a Delta,
Diversos países estão aumentando suas restrições para tentar conter a disseminação da variante. A saber, a Holanda decretou um lockdown de três semanas no último domingo (19). Enquanto isso, Paris cancelou a festa de réveillon e o ministro do Reino Unido, Boris Johson, afirmou que novas restrições podem acontecer no país.
Tudo isso reduz a demanda por petróleo, uma vez que muitos países já estão restringindo as viagens. Por exemplo, Israel proibiu voos de ida e volta para os Estados Unidos. Em suma, apenas pessoas com permissão de um comitê de exceções, bastante burocrático e difícil de acessar, podem ir ao país. Além disso, só os cidadãos israelenses podem retornar dos EUA ao país.
Vale destacar que vários países europeus também estão na lista vermelha de Israel. Casos assim tendem a ficar cada vez mais comuns, afetando diretamente as viagens internacionais, que respondem por boa parte da demanda global por petróleo. Diante disso, os investidores deixaram o petróleo de lado e recorreram a ativos seguros, como o dólar. Resta saber se esse temor continuará na semana.
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