O mundo segue bem mais calmo com a nova variante da Covid-19, a ômicron, do que na semana passada. Na verdade, a diferença é clara e pode ser observada no crescimento da busca por ativos de risco nesta semana. E, nesse cenário, o petróleo vem registrando avanços firmes após o tombo de mais de 10% no final de novembro.
A saber, os contratos futuros para janeiro do barril de Brent, que é a referência mundial, tiveram alta de 0,50% no pregão de hoje. Com o acréscimo desse resultado, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 75,82 na ICE, em Londres.
Da mesma forma, os contratos para janeiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, subiram 0,43% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 72,36 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Em resumo, o temor com a ômicron, declarada como uma variante de preocupação pela OMS, que também afirmou que a cepa representava um “risco global muito alto”, segue cada vez mais esquecido.
Na verdade, o redução das preocupações está ocorrendo, porque dados iniciais sobre pessoas infectadas com a variante ômicron sugerem que a cepa até escapa das vacinas, mas não provoca casos graves. Em outras palavras, a variante poderia até trazer a imunidade de rebanho, visto que é muito transmissível, mas não é letal até o momento.
Queda dos estoques de petróleo dos EUA frustra projeções
Além disso, o Departamento de Energia dos EUA revelou que os estoques de petróleo bruto tiveram queda de 241 mil barris na semana passada. Esse valor frustrou as projeções de analistas, que acreditavam na queda de 1,3 milhão de barris no período.
Por sua vez, os estoques de gasolina cresceram em 3,88 milhões de barris na semana. Esse avanço também superou a expectativa média do mercado, de alta de 1,7 milhão de barris no período.
A saber, ambos os dados são ruins para os preços do petróleo, uma vez que indicam que a oferta da commodity está elevada. Nesse caso, quanto maior a oferta, menor o preço, pelo menos teoricamente. Contudo, especialistas afirmam que o recuo fraco dos estoques pode ter ocorrido devido ao aumento da atividade nas refinarias norte-americanas.
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