Os preços do petróleo tiveram um forte desempenho em janeiro deste ano. A saber, a commodity acumulou ganhos em todas as semanas do mês em meio à restrição de oferta e à alta demanda global. Ao mesmo tempo, tensões globais ajudaram a impulsionar os preços do petróleo no primeiro mês de 2022.
Nesta segunda-feira (31), a commodity encerrou a sessão em alta. Os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, subiram 0,83%. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 89,26 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também subiram no pregão (+1,53%). Assim, o barril avançou para US$ 88,15 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Com estes resultados, o WTI alcançou o maior patamar desde 2014. A propósito, a referência americana acumulou ganhos de 17,2% em janeiro deste ano. Já o preço do Brent subiu 14,7% no mês. Aliás, a referência global chegou a alcançar os US$ 90 na sessão do último dia 26, coisa que não acontecia desde 2014.
Vale destacar que o petróleo encerrou 2021 com uma alta superior a 50% em relação a 2020. Aliás, muitos pensaram que o resultado aconteceu apenas devido à fraca base comparativa de 2020 por causa da pandemia da Covid-19. Contudo, a commodity vem mantendo o ritmo forte em 2022.
Veja o que mais impactou os preços do petróleo no mês
Em janeiro, os investidores repercutiram novas sinalizações do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA. Na reunião ocorrida em janeiro, o Fed manteve a taxa de juros estável entre 0% e 0,25% no país. No entanto, o banco sinalizou que os juros subirão no país em março devido à inflação elevada, que alcançou o maior patamar em quase 40 anos.
Além disso, o mercado segue atento à iminente invasão da Rússia à Ucrânia, que pode provocar diversos impactos no setor energético global. A situação poderia resultar em interrupções da produção de petróleo, restringindo ainda mais a oferta da commodity.
Conflitos no Oriente Médio também preocuparam os investidores em janeiro, visto que a região possui alguns dos principais produtores mundiais de petróleo. Em suma, houve ataque de combatentes Houthi do Iêmen aos Emirados Árabes Unidos e protestos violentos no Cazaquistão.
Por fim, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) não está conseguindo manter o nível de expansão da sua produção do petróleo. Os analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a demanda global, mesmo com o aumento da produção. Tudo isso fez os preços do petróleo disparar em janeiro.
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