Os preços do petróleo fecharam a sessão desta terça-feira (13) com um avanço firme. A saber, a commodity recebeu impulso de novas projeções que indicam queda da oferta global neste ano. E isso deve acontecer apesar do crescimento esperado para a produção fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+).
Com isso, os contratos futuros para setembro do barril do petróleo Brent, referência mundial, saltaram 1,76%, para US$ 76,49 na ICE, em Londres. Da mesma forma, os contratos para o petróleo dos Estados Unidos (WTI) para agosto subiram na sessão (1,55%), fazendo a negociação do preço do barril subir parar US$ 75,25 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), maior cotação em mais de dois anos.
Em resumo, a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informou em seu relatório mensal que a oferta global não deve conseguir acompanhar a demanda. A propósito, o órgão projetou uma queda de 100 mil barris por dia em 2022. Dessa forma, o crescimento do ano que vem também deve cair.
Confira mais detalhes do relatório da IEA
Em contrapartida, as estimativas também trouxeram dados positivos. De acordo com a IEA, a oferta fora da Opep+ em 2021 deve saltar de 60 mil barris para 770 mil barris por dia. Aliás, a agência também manteve sua previsão de forte alta de 1,6 milhão de barris por dia para 2022.
A agência ainda citou os Estados Unidos em seu relatório. Em suma, a IEA projeta o crescimento de um milhão de barris em 2022 nos EUA. No país, os produtores vêm se concentrando mais na promessa de retorno de dinheiro do que no aumento da produção. “Com os preços atuais, as operadoras poderiam honrar essas promessas e, ao mesmo tempo, aumentar a atividade”, disse a IEA.
Por fim, a variante Delta do novo coronavírus ainda se mostra bastante preocupante para os mercados. A saber, esta nova cepa é mais contagiosa e agressiva que as anteriores e pode prejudicar a retomada econômica global caso continue elevando os casos em diversos países com taxas menores da população imunizada.
Leia Mais: Turismo do Brasil acumula prejuízo bilionário desde início da pandemia