Quem acompanhou os sete pregões de queda do petróleo em agosto até poderia pensar que a sua recuperação demoraria um pouco mais. No entanto, vem acontecendo justamente o contrário, e os preços dos barris da commodity subiram nesta quarta-feira (15), aproximando-se cada vez mais do seu pico recente, em julho.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para novembro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, tiveram alta de 2,52%, para US$ 75,46 na ICE, em Londres. A saber, o Brent chegou a US$ 77,26 em 5 de julho. Contudo, os preços afundaram 15% em relação pouco tempo depois devido à variante Delta do novo coronavírus.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo dos Estados Unidos (WTI) para outubro saltaram 3,05% na sessão de hoje, fazendo a negociação do preço do barril avançar parar US$ 72,61 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). O pico recente do barril também foi em julho, quando o contrato mais ativo atingiu US$ 75.
Em primeiro lugar, vale ressaltar que os investidores continuaram atentos à retomada da produção no Golfo do México, que continua bastante lenta. A propósito, o furacão Ida interrompeu a produção petrolífera local na semana passada.
O problema é que a atenção continua voltada para o Golfo, porque outra forte tempestade se dirige para lá. Em resumo, a tempestade tropical Nicholas está crescendo e pode atingir o nível de um furacão antes de chegar ao continente. Por isso, os investidores temem novas paralisações na produção de petróleo no Golfo.
Estoques americanos caem mais que o esperado
Além disso, Departamento de Energia (DoE) divulgou nesta quarta que os estoques de petróleo dos EUA despencaram em 6,422 milhões na semana passada. Assim, recuaram para 417,445 milhões de unidades. E o que mais repercutiu no mercado foi a forte queda, uma vez que as projeções apontavam um recuo de 2,5 milhões.
Os estoques para gasolina também caíram no período. Contudo, nesse caso, o recuo foi menor que o estimado. Enquanto a expectativa era de queda de 2,3 milhões de barris, a redução foi de 1,857 milhão de unidades. Com isso, os EUA passaram a totalizar 218,142 milhões de barris nos seus estoques.
Leia Mais: Preço do minério de ferro despenca novamente nesta quarta (15)