A Rússia vem bombardeando a Ucrânia há 35 dias, desde a sua invasão, em 24 de fevereiro. Neste período, representantes de ambos os países já se encontraram diversas vezes para fechar um acordo de cessar-fogo. Contudo, nenhum dos encontros conseguiu alcançar este objetivo.
Ontem (29), após uma nova rodada de negociações, a Rússia afirmou que reduziria drasticamente os ataques nos arredores de Kiev, capital da Ucrânia. Embora a notícia pareça positiva, muitos países não acreditaram nas declarações do país comandado por Vladimir Putin.
Em suma, a Rússia não vem passando muita confiança em suas declarações. Antes mesmo do início da invasão, tropas russas estavam ocupando as fronteiras com a Ucrânia. Dias antes do início dos bombardeios, Putin afirmou que os soldados estavam apenas fazendo exercícios militares. Contudo, a “retirada” anunciada não passou de movimentos das tropas para atacar outras regiões da Ucrânia.
A saber, as nações não acreditaram muito nas declarações da Rússia. Na verdade, muitos acreditam que isso é apenas uma tática para o país reagrupar suas forças invasoras, visto que houve perdas significativas de soldados russos nos ataques.
Preços do petróleo chegam a US$ 113
Em meio às desconfianças, os preços do petróleo avançaram nesta quarta-feira (30) e superaram os US$ 113 por barril. Em resumo, a Rússia é uma grande exportadora da commodity para a Europa, mas as sanções impostas por diversas nações europeias ao país vêm causando temor global em relação à oferta de petróleo.
Além disso, os estoques de petróleo dos Estados Unidos tiveram uma forte queda de 3,449 milhões de barris na semana passada. O resultado veio muito acima do esperado pelo mercado, que projetava uma queda de 1 milhão de barris no período. Dessa forma, o estoque norte-americano caiu para 410 milhões de barris, menor nível desde setembro de 2018.
Por fim, os investidores também passaram o dia ansiosos com a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que ocorrerá amanhã. A expectativa é que a entidade não eleve sua produção para cobrir a redução dos barris exportados pela Rússia. E isso ajudou a impulsionar ainda mais os preços do petróleo nesta quarta.
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