O petróleo voltou a amargar perdas nesta quinta-feira (9). Após três sessões consecutivas de ganhos, as preocupações globais com a pandemia da Covid-19 voltaram a mostrar força e derrubaram a commodity. Aliás, o dia também ficou marcado pelo avanço do dólar, que geralmente possui correlação negativa com o petróleo.
Em resumo, os contratos futuros para janeiro do barril de Brent do Mar do Norte, que é a referência mundial, tombaram 1,84% no pregão de hoje. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 74,42 na ICE, em Londres. Vale destacar que o recuo eliminou uma pequena parte dos ganhos de 8,3% acumulados nas três últimas sessões.
Da mesma forma, os contratos para janeiro do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, recuaram no pregão (-1,96%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 70,94 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nas três últimas sessões, o WTI acumulou ganhos de 9,0%.
Aumento das preocupações com a Covid-19 derruba preços
A saber, os últimos ganhos do petróleo ocorreram devido ao enfraquecimento do temor global com a nova variante da Covid-19, a ômicron. Declarada como uma variante de preocupação pela OMS, que também afirmou que a cepa representava um “risco global muito alto”, a cepa acabou vista nos últimos dias com bons olhos.
Isso porque dados iniciais sobre pessoas infectadas com a ômicron sugeriam que a cepa até escapa das vacinas, mas não provocava casos graves. Por isso, muita gente começou a acreditar que a variante pode trazer a imunidade de rebanho sem provocar grandes perdas.
No entanto, diversos países estão aumentando suas restrições para tentar conter a disseminação da ômicron. Embora as notícias inicias sobre a variante não sejam tão severas como imaginado no início, a sua transmissibilidade é bastante elevada, e os países preferem manter a cautela e não permitir a disparada de casos de Covid-19.
Seja como for, o dia não foi bom para ativos de risco. Por isso, o dólar avançou não só no Brasil, mas contra uma cesta com seis divisas fortes, indicando a busca dos investidores por segurança. Mesmo que a ômicron não seja tão severa, as restrições tendem a afetar a recuperação econômica global, e, consequentemente, os preços do petróleo e de diversos produtos em todo o planeta.
Leia Mais: IBGE projeta crescimento de 10% da safra de grãos em 2022