O petróleo continua com um desempenho bastante robusto em 2022. Nesta sexta-feira (4), a commodity registrou um forte avanço devido ao aumento das preocupações com tempestades de inverno nos Estados Unidos. Isso fez os preços do petróleo subirem pela quinta semana consecutiva, fechando no maior patamar desde 2014.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, saltaram 2,37% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 93,27 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. Na semana, os preços do Brent subiram 3,6%.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também subiram no pregão (+2,25%). Assim, o barril avançou para US$ 92,31 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nesse caso, a alta acumulada na semana chegou a 6,3%.
Vale destacar que o petróleo encerrou 2021 com uma alta superior a 50% em relação a 2020. Aliás, muitos pensaram que o resultado havia acontecido apenas devido à fraca base comparativa por causa da pandemia da Covid-19, que afundou os preços em 2020.
Contudo, a commodity vem mantendo o ritmo forte em 2022 e contraria cada vez mais estes pensamentos. A propósito, os preços do barril Brent subiram cerca de 17,5% na parcial deste ano, enquanto o WTI acumula alta ainda mais expressiva, de aproximadamente 22%.
Tempestades de inverno nos EUA impulsionam preços do petróleo
Os preços do petróleo seguem em alta neste ano devido à restrição da oferta e à elevada demanda global. A saber, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) decidiu elevar a sua produção diária em 400 mil barris por dia em março. Contudo, a entidade está com dificuldade para manter esse nível de expansão da sua produção.
Em suma, os analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a demanda global, mesmo com o aumento da produção. Inclusive, a demanda nos Estados Unidos vem crescendo nos últimos dias devido às rigorosas tempestades de inverno. A busca por combustíveis para se aquecer pressiona ainda mais a oferta de petróleo.
Por fim, alguns analistas afirmam que o preço do barril de petróleo pode superar os US$ 100. Contudo, a expectativa de queda também existe devido à estagnação econômica, provocada pela alta dos juros para conter a inflação, e a correções do mercado financeiro.
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