Após um pregão de incertezas, os investidores passaram esta quarta-feira (17) certos do que fazer em relação ao petróleo. A saber, os preços da commodity despencaram no dia após aumento das expectativas com liberação das reservas estratégicas norte-americanas. Nem mesmo a forte queda dos estoques dos Estados Unidos mudaram o cenário.
Em resumo, os contratos futuros para janeiro do barril Brent, que é a referência mundial, despencaram 2,60% e fecharam o dia cotados a US$ 80,28 por barril na ICE, em Londres. Da mesma forma, os contratos para o mesmo mês do petróleo WTI, referência norte-americana, tombaram 3,08% na sessão. Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 77,28 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Tanto na véspera quanto no pregão de hoje, os investidores repercutiram a liberação das reservas estratégicas de petróleo dos EUA. No entanto, o resultado desta quarta evidenciou bem mais o aumento das expectativas com essa liberação do que na sessão de ontem.
Na verdade, esta quarta ficou marcada por relatórios sobre uma liberação conjunta de suprimentos de petróleo. Em suma, o presidente norte-americano Joe Biden e o líder chinês Xi Jinping participaram de uma reunião virtual para decidir sobre essa liberação. Caso isso se confirme, haverá um forte aumento da oferta, o que tende a reduzir os preços do petróleo.
Estoques de petróleo dos EUA caem mais do que o esperado
Vale destacar que o Departamento de Energia dos Estados Unidos revelou nesta quarta que os estoques norte-americanos de petróleo caíram em 2,1 milhões na semana passada. Os dados frustraram as projeções de analistas, que acreditavam em um avanço de 0,5 milhão de barris no período.
Da mesma forma, os estoques dos EUA de gasolina também recuaram na semana acima do esperado. A saber, o mercado acreditava que haveria uma queda de 0,6 milhão de barris, mas o resultado ficou levemente superior, (-0,7 milhão de barris).
Ambos os resultados poderia impulsionar os preços do petróleo nesta quarta, uma vez que a redução dos estoques significa mais consumo que o esperado. No entanto, a expectativa com a reunião entre Biden e Xi Jinping superou o pessimismo e o mercado acredita que os preços da commodity podem reduzir assim que houver a liberação das reservas estratégicas.
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