Os preços do petróleo interromperam nesta quinta-feira (11) uma sequência de nove altas seguidas. Em suma, os principais fatores que puxaram os valores da commodity pra baixo foram as preocupações envolvendo, mais uma vez, a pandemia da Covid-19. Aliás, o surgimento de novas cepas do vírus reduzem as expectativas sobre uma rápida recuperação da demanda.
Também vale ressaltar que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) também afirmaram que novos lockdowns preocupam. Em resumo, a Opep estima que a recuperação da demanda global em 2021 acontecerá de maneira mais lenta que o esperado. Já a oferta global do petróleo supera a demanda, e esta será diretamente beneficiada com o avanço da vacinação nos países.
O Instituto Americano do Petróleo informou na última terça-feira (9) que os estoques de petróleo dos EUA tiveram queda de 3,5 milhões de barris. A saber, as expectativas apontavam para um recuo muito menos intenso, de 985 mil. Além disso, grandes produtores estão controlando o bombeamento da commodity de acordo com os seus compromissos. A propósito, a Opep decidiu continuar com o corte de produção, mesmo com o fato de os preços do petróleo já terem atingido o nível de fevereiro do ano passado. À época, o mundo ainda não sofria com a pandemia da Covid-19, que afetou diretamente os preços da commodity.
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Por fim, diante dessas notícias, os preços caíram e quebraram uma longa sequência de altas. Assim, o barril do petróleo Brent recuou 0,50%, o que equivale a US$ 0,35. Com isso, o barril ficou cotado a US$ 61,14. A sequência de nove altas seguidas havia acontecido pela última vez em janeiro de 2019. Isso também ocorreu em abril e setembro de 2007. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) caiu 0,80% (ou US$ 0,44), oitavo avanço consecutivo, e o preço do barril está em US$ 58,22. Nesse caso, o WTI havia emendado oito avanços seguidos, sequência mais longa desde janeiro de 2019.
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