Os preços do petróleo fecharam mais uma semana mais caros. A saber, a elevação dos valores é reflexo direto da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep +) de manter o corte da produção da commodity. Dessa forma, os preços do barril atingiram o maior nível em quase dois anos.
Em resumo, a Opep+ vem segurando a produção de petróleo desde janeiro. Isso significa dizer que grandes produtores estão controlando o bombeamento da commodity de acordo com os seus compromissos. Em fevereiro, ocorreram algumas reuniões dos membros da Opep+, que decidiram permanecer com os cortes de produção. Aliás, essa decisão foi tomada mesmo com o fato de os preços do petróleo já terem atingido, à época, o valor visto anteriormente à pandemia da Covid-19. Dessa forma, os preços da commodity acabam impulsionados, visto que há menos oferta.
Assim, na reunião realizada no último dia 4, a Arábia Saudita, que decidiu unilateralmente há meses cortar a sua produção de petróleo, concordou em produzir 1 milhão de barris por dia. Essa medida se estenderá até o final de abril. No entanto, a Rússia e o Cazaquistão poderão aumentar um pouco as suas respectivas produções. Essa autorização aconteceu para atender necessidades sazonais de ambos os países.
“A decisão saudita de estender seu corte voluntário de 1 milhão de barris por dia foi chocante, pois os deixa vulneráveis a perder participação de mercado no próximo mês, quando o mercado de petróleo está com déficit de alguns milhões de barris. Este resultado não era esperado e praticamente garante um mercado apertado durante o verão do hemisfério norte”, afirmou o analista da Oanda em Nova York, Edward Moya, em nota a clientes.
Preços do petróleo disparam na semana
Além disso, uma notícia envolvendo o mercado de trabalho norte-americano impulsionou ainda mais os preços do petróleo. Em suma, o Departamento do Trabalho dos EUA reportou a criação de 379 mil vagas de emprego em fevereiro. Esse valor superou em muito os 210 mil novos postos esperados pelos economistas. E esses dados reforçam as perspectivas de recuperação da economia dos EUA.
Diante de tudo isso, os preços dos barris dispararam na semana. Assim, o barril do petróleo Brent, referência internacional, subiu 3,92%, o que equivale a US$ 2,65. Com isso, o barril ficou cotado a US$ 69,39. Da mesma forma, o petróleo dos Estados Unidos (WTI) também avançou, subindo 3,54% (ou US$ 2,26), e o preço do barril está em US$ 63,83.
Por fim, no acumulado da semana, os preços de ambos os barris ficaram mais de 7% mais caros.
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