Os preços do petróleo continuam escalando novos níveis, subindo a cada pregão. Nesta sexta-feira (5), mais uma vez, o barril de petróleo ficou mais caro, e isso vem acontecendo, principalmente, por três razões: corte de produção, baixo estoque e maior demanda. Dessa forma, com esses fatores somados, os preços tendem a subir ainda mais.
Em resumo, a Opep continua segurando a produção de petróleo. A saber, grandes produtores estão controlando o bombeamento da commodity de acordo com os seus compromissos. Em reunião realizada na última quarta (3), a Opep optou por continuar com esse corte de produção, mesmo com o fato de os preços do petróleo já terem atingido o nível de fevereiro do ano passado. À época, o mundo ainda não sofria com a pandemia da Covid-19, que afetou diretamente os valores da commodity.
Ao mesmo tempo, a demanda pelo petróleo vem crescendo, devido ao inverno, no Hemisfério Norte, e às baixas temperaturas. Por exemplo, o Nordeste dos Estados Unidos estava sofrendo uma das piores tempestades de neve dos últimos anos. Dessa forma, com queda dos estoques e alta da demanda, os preços ficam ainda mais caros.
Também vale ressaltar que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA reportou uma queda de 1 milhão de barris na semana encerrada em 29 de janeiro. Essa queda ficou mais de três vezes superior ao esperado pelos analistas, que indicavam um recuo de 300 mil barris no período.
O resultado de tudo isso somado é uma disparada nos preços da commodity. No pregão de ontem, os barris alcançaram o maior preço dos últimos 12 meses, e estão ainda mais próximos da marca de US$ 60. Aliás, a expectativa com a liberação do pacote de estímulos fiscais nos Estados Unidos também vem animando os mercados.
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Diante dessas notícias, não tinha como os preços seguirem outro movimento, que não o de alta. Assim, emendaram a quinta alta seguida nesta semana, subindo ao patamar mais alto em um ano. Em suma, o barril do petróleo Brent fechou em alta de 0,9%, o que equivale a US$ 0,50. Com isso, o barril ficou cotado a US$ 59,34, após tocar o maior nível desde 20 fevereiro do ano passado (US$ 59,79). Na semana, acumulou ganhos firmes de 6%. Já o petróleo dos Estados Unidos (WTI) subiu 1,1% (ou US$ 0,62) e o preço do barril está em US$ 57,29. Esse é o maior patamar desde 22 de janeiro de 2020. Nesse caso, o avanço semanal foi ainda maior, chegando a 9% no período.
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