Os preços do minério de ferro despencaram 6,8% nesta segunda-feira (6) na Bolsa de Dalian, na China. Assim, o preço do minério encerrou o dia cotado a 723 yuanes. Aliás, durante o pregão, a commodity caiu ainda mais, para 722 yuanes, (ou US$ 111,88 dólares). Esse é o menor nível do minério nos últimos sete meses em Dalian.
O tombo da cotação da commodity na China refletiu nos preços em outras bolsas. A saber, o contrato mais ativo de outubro do minério na Bolsa de Cingapura afundou 8,3%, para 131,10 toneladas.
Em resumo, o minério de ferro vem sofrendo fortes quedas em seu valor de mercado nos últimos tempos, desde o final de junho. Diversos fatores contribuem para essa situação. Aliás, esses tombos recorrentes tendem a prejudicar o desempenho de empresas ligadas ao setor no terceiro trimestre de 2021.
Em maio deste ano, o preço do minério bateu recorde, custando US$ 237 por tonelada, o que representava uma disparada de 50% no acumulado do ano. No entanto, essa valorização já foi zerada devido aos fortes tombos da commodity nas últimas semanas.
Veja o que vem derrubando os preços do minério de ferro
Na China, o minério de ferro importado estocados nos portos subiu para 131,40 milhões de toneladas na última semana. Esse é o maior volume desde o final de abril, segundo dados da consultoria SteelHome. A propósito, a China é o maior produtor mundial da commodity.
Já o minério de ferro spot despencou 8 dólares, o que fez a tonelada fechar o dia cotada a US$ 137,50. Esse é o menor patamar da commodity desde dezembro de 2020, aponta a SteelHome.
De acordo com o diretor-gerente da Navigate Commodities, Atilla Widnell, a principal razão para esses resultados negativos foi o aumento “monstruoso de 4 milhões de toneladas” nos embarques semanais de minério de ferro da Austrália na semana passada.
Além disso, as expectativas com o aumento da produção do minério na China ajudou a enfraquecer a demanda nesta segunda. A saber, os produtores domésticos do país asiático pretendem elevar sua produção em mais de 100 milhões de toneladas entre 2021 e 2025.
Por fim, a China ainda continua impondo restrições à produção de aço no país. Em suma, o governo chinês limita a operação de usinas siderúrgicas, afirmando que o objetivo das medidas é cumprir metas ambientais. Isso provocou a redução do ritmo da produção mundial de aço em julho.
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