O minério de ferro emendou a quarta semana seguida de queda na China. O tombo de 3,7% reverteu os ganhos até então acumulados na semana e fez a commodity encerrar o período recuando 1,6%. Agora, o preço do minério está negociado a 1.163 iuanes (179,25 dólares) por tonelada.
Em resumo, a demanda por matérias-primas siderúrgicas acabaram ignoradas na sessão desta sexta-feira (9). Isso aconteceu devido às preocupações com o controle da produção do aço no país asiático. Assim, os preços do minério de ferro despencaram ladeira abaixo.
De acordo com a SinoSteel Futures, empresa de mineração, o fornecimento de minério de ferro deve aumentar significativamente no segundo semestre, impulsionado pelas quatro principais mineradoras do país. Por isso, caso haja a implementação de controles de produção relacionados ao meio ambiente, pode haver excesso de oferta da commodity, afirmou a Sino Steel Futures em nota.
Queda dos preços do minério ocorre após período de forte alta
Vale lembrar que, há pouco tempo, a demanda global por minério de ferro crescia vertiginosamente. O consumo estava aquecido tanto na China quanto nas economias mais desenvolvidas que começavam a deixar a pandemia da Covid-19 para trás.
O resultado foi a disparada do minério de ferro, especialmente em maio, uma vez que muitas economias alicerçam suas recuperações justamente na infraestrutura. Para isso, era preciso uma quantidade imensa de minério de ferro, uma vez que o crescimento econômico global parecia certo.
No entanto, a pandemia voltou a causar temor por causa da variante Delta do novo coronavírus. Esta cepa é mais agressiva e contagiosa que as anteriores e vem elevando o número de casos da Covid-19 em diversos países com taxas mais baixas de imunização da população. Isso pode interromper novamente a retomada econômica, o que pressiona também os preços do minério de ferro.
Por fim, os investidores ainda aguardam a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da China no segundo trimestre, que deve acontecer na próxima semana. Estimativas mais recentes mostram que a desaceleração da segunda maior economia mundial pode ter ocorrido de maneira ainda mais intensa. Por isso, os mercados estão mais cautelosos.
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