O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor da cesta básica do país ficou mais caro em todas as 17 capitais pesquisadas em fevereiro. E isso ocorreu, principalmente, devido aos avanços registrados por itens muito importantes na mesa do brasileiro.
De acordo com o levantamento, o preço do feijão subiu em todas as capitais. A saber, os avanços registrados pelo tipo carioquinha variaram entre 1,81% em Aracaju e 10,14% em Belo Horizonte. Já o feijão preto, pesquisado na região Sul e em Vitória e Rio de Janeiro, teve suas altas oscilando entre 1,20% em Vitória e 7,25% no Rio de Janeiro.
O Dieese explicou que o encarecimento do item ocorreu devido à “baixa oferta do grão carioca e à redução da área plantada”. A saber, a demanda interna continua enfraquecida, principalmente por causa do empobrecimento das famílias do país. No entanto, o aumento da procura pelos consumidores, especialmente do feijão preto, fez as cotações do produto subirem no mês.
Já o preço do café em pó ficou mais caro em todas as capitais pesquisadas, com exceção de São Paulo, onde o preço caiu 3,86%. Os principais avanços vieram de Goiânia (7,77%), Vitória (5,38%), Aracaju (5,02%) e Brasília (4,99%). Em resumo, o volume da safra atual vem preocupando e impulsionando os preços do item nos mercados futuros, bem como no varejo.
Óleo de soja, batata, manteiga e carne bovina também ficam mais caros
O óleo de soja ficou mais caro em 15 capitais em fevereiro, com as variações positivas oscilando entre 0,11% em Brasília e 2,98% em Curitiba. O preço só caiu em Fortaleza (-0,86%) e João Pessoa (-0,42%). Em síntese, o preço do item subiu devido ao aumento da demanda externa, uma vez que houve redução da produção de óleo de girassol na Ucrânia e de óleo de palma na Indonésia.
A batata, pesquisada na região Centro-Sul, ficou mais cara em todas as 10 capitais pesquisadas. As maiores altas ocorreram em Campo Grande (48,40%), Vitória (36,47%), Brasília (31,77%), Goiânia (31,69%) e Curitiba (30,08%). As altas foram motivadas pela redução da oferta do tubérculo devido às chuvas em fevereiro.
O Dieese também revelou que o preço da manteiga subiu em 14 capitais, com destaque para Curitiba (3,50%), João Pessoa (3,26%) e Rio de Janeiro (3,04%). Apenas três locais tiveram queda em seus preços em fevereiro: Vitória (-4,83%), Campo Grande (-1,51%) e Florianópolis (-0,42%).
Da mesma forma, a carne bovina de primeira ficou mais cara em 14 capitais. As maiores altas ocorreram em Aracaju (4,75%), Brasília (3,69%), Salvador (3,37%) e Belém (3,20%). Por outro lado, o preço caiu no Recife (-3,84%), Vitória (-1,43%) e São Paulo (-0,58%). As altas foram motivadas pela demanda internacional aquecida e redução de animais disponíveis para o abate.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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