Os preços dos combustíveis iniciaram 2023 em alta. Além da gasolina ter registrado um forte avanço na primeira semana deste ano, o diesel e o etanol também seguiram a mesma trajetória, pensando mais intensamente no bolso dos motoristas do país.
Em síntese, o diesel voltou a ficar mais caro nos postos do país, após cinco semanas de queda. A saber, o preço médio do combustível mais usado no país subiu 2,56%. Com isso, o valor do litro do combustível passou de R$ 6,25 para R$ 6,41.
Os dados foram levantado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A propósito, a entidade analisa os preços em mais de cinco mil postos de combustíveis do país. Aliás, o maior preço encontrado nas bombas foi de R$ 7,95, valor 24% superior à média nacional.
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Etanol sobe de novo, após quatro semanas de queda
A ANP também revelou que o preço médio do etanol hidratado subiu 3,62% nesta semana, de R$ 3,87 para R$ 4,01 por litro. O biocombustível registrou queda nos preços por cinco meses consecutivos, entre abril e setembro, mas voltou a subir nos postos do país no início de outubro.
O avanço desta semana é o segundo após uma sequência de quatro recuos, período em que o etanol ficou apenas cinco centavos mais barato no país. Contudo, estes dois avanços elevaram o preço do biocombustível em 20 centavos, eliminando a perda acumulada no último mês.
Nesta semana, a ANP chegou a encontrar locais comercializando o etanol a R$ 6,37, valor 58,8% mais caro que a média nacional.
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Governo Lula mantém isenção dos impostos
Vale destacar que o governo Bolsonaro havia sancionado um projeto em meados de 2022 que estabelecia a chamada “monofasia” do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Assim, o ICMS, que é um tributo estadual, passou a incidir sobre os combustíveis uma única vez, e não mais com o chamado “efeito cascata”, caracterizado pela incidência do tributo por mais de uma vez ao longo da cadeia de produção dos combustíveis.
O problema é que a decisão tinha um prazo de validade: 31 de dezembro de 2022. E, mesmo com a expectativa de alta nos valores, o governo Lula decidiu manter a isenção dos impostos.
Dessa forma, os motoristas poderiam continuar aproveitando preços mais acessíveis, mas o levantamento da ANP mostrou que o preço dos três principais combustíveis disparou nas bombas.
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