O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor da cesta básica do país ficou mais caro em 16 das 17 capitais pesquisadas em janeiro. E isso ocorreu, principalmente, devido aos avanços registrados por itens muito importantes na mesa do brasileiro.
De acordo com o levantamento, o preço do café em pó ficou mais caro em todas as 17 capitais pesquisadas no primeiro mês de 2022. A saber, os principais avanços vieram de São Paulo (17,91%), Aracaju (12,95%), Recife (12,77%) e Brasília (11,64%). Em resumo, a quebra da safra 2022/2023 e a redução dos estoques globais de café elevaram os preços do produto.
Por sua vez, o açúcar ficou mais caro em 15 capitais. Os avanços variaram entre as cidades do Rio de Janeiro (0,22%) e de Brasília (4,66%). Mais uma vez, a baixa oferta do item por causa da entressafra da cana acabou elevando o seu preço no mercado interno.
Da mesma forma, o óleo de soja também teve alta em 15 capitais, com destaque para Belém (5,99%), Brasília (4,69%) e Campo Grande (3,31%). O preço só caiu em Vitória (-0,90%) e Aracaju (-0,69%). Em síntese, o preço do item subiu devido às preocupações com o clima, que pode afetar a oferta do produto. A forte demanda também ajudou a encarecer o item.
Preços da batata e do tomate também sobem
A batata, pesquisada na região Centro-Sul, ficou mais cara em 9 das 10 capitais pesquisadas. As maiores altas ocorreram em Belo Horizonte (42,12%), Rio de Janeiro (31,74%) e Goiânia (20,30%). O preço só caiu em Porto Alegre (-4,41%). As altas foram motivadas pelo atraso da colheita por causa das chuvas em janeiro. Isso reduziu a oferta e afetou a produtividade em algumas regiões.
Já o tomate subiu em 14 capitais, com exceção das cidades do Sul. Os avanços variaram entre Belém (2,15%) e Aracaju (47,43%). Por outro lado, a queda mais intensa no Sul foi registrada em Porto Alegre (-17,26%). Em síntese, a alta dos preços ocorreu devido a menor oferta do item, que teve sua área plantada reduzida.
Arroz, leite e feijão ficam mais baratos em janeiro
Por outro lado, o arroz agulhinha caiu em 16 capitais. Os principais destaque no mês foram Vitória (-9,87%) e Salvador (-6,97%). O preço só subiu em Brasília (2,11%). Em resumo, o preço recuou devido à baixa demanda e às fracas exportações, que fizeram a oferta do grão crescer.
Por sua vez, o leite integral caiu em 13 capitais pesquisadas, com destaque para Vitória (-4,57%), Salvador (-3,61%), Curitiba (-2,71%) e João Pessoa (-2,67%). O recuo ocorreu devido aos altos preços praticados e aos maiores estoques.
Já o preço do feijão caiu em 12 capitais. A saber, as quedas registradas pelo tipo carioquinha variaram entre Aracaju (-0,29%) e Belo Horizonte (-8,44%). Já o feijão preto, pesquisado na região Sul e no Rio de Janeiro e em Vitória, caiu em todas as capitais. As oscilações variaram entre Curitiba (-1,29%) e Porto Alegre (-3,94%).
De acordo com o Dieese, o alto preço de ambos os tipos de feijão vem reduzindo a demanda devido ao empobrecimento das famílias do país. Aliás, isso vem acontecendo mesmo com a baixa oferta do produto.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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