Os preços de plano de saúde registraram o maior aumento mensal desde julho de 2019. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os valores ficaram 0,66% mais caros. Já em julho de 2019, o avanço chegou a 0,79%. A saber, nos últimos 12 meses, o plano de saúde acumula crescimento de 2,51%.
Em resumo, o IBGE divulgou hoje (9) os dados do IPCA de janeiro, que variou 0,25%. O valor ficou 1,10 ponto percentual (p.p.) abaixo da variação apresentada no mês anterior (1,35%). Aliás, esta elevação mensal é a menor desde agosto do ano passado, quando o IPCA subiu 0,24%. E, dentre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para definir o nível do indicador, está o grupo saúde e cuidados pessoais, que recuou de 0,40% para 0,32% em janeiro. A propósito, plano de saúde é um dos itens que formam este grupo.
A forte elevação neste primeiro mês de 2021 é o reflexo do acréscimo da primeira parcela do reajuste dos planos de saúde. E isso acontece, porque a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) decidiu suspender, em agosto do ano passado, os reajustes dos planos de saúde. A ideia era que as pessoas tivessem mais facilidade de pagar as contas num momento de muitas dificuldades econômicas impostas pela pandemia da Covid-19.
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De acordo com o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, deve haver uma sobreposição dos reajustes no segundo semestre deste ano. Isso porque, seguindo a decisão da ANS, o reajuste será parcelado nos 12 meses de 2021. “Este é o primeiro mês com o reajuste do plano de saúde referente a 2020, que será aplicado cada mês ao longo do ano. Quando chegar lá em julho, e a ANS decidir pelo reajuste de 2021, deve haver, a grosso modo, uma soma desses dois fatores (de reajuste)”, explicou Kislanov.
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