Os preços das indústrias extrativas brasileiras ficaram 4,38% mais caros em março deste ano, na comparação com o mês anterior. A saber, o setor disparou 27,91% em fevereiro e 10,70% em janeiro, acumulando o maior avanço para um primeiro trimestre já registrado pela série (49,57%).
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (5). Aliás, vale ressaltar que as indústrias extrativas encerraram 2020 com uma disparada de 45,35%.
Com o acréscimo do resultado de março, a atividade agora acumula uma variação de 136,25% nos últimos 12 meses. Esta também é a maior taxa das indústrias extrativas já registrada pela série histórica, iniciada em dezembro de 2014.
Em resumo, o resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que subiu 4,78% em março. A propósito, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete,
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. E isso tudo possibilita informações mais precisas e segmentadas.
Veja o que puxou a alta dos preços
De acordo com o IBGE, a alta de 4,38% dos preços das indústrias em março é a terceira elevação seguida, embora menor que as anteriores. Aliás, o crescimento de 49,57% no trimestre é o segundo maior registrado neste intervalo, atrás apenas do trimestre encerrado em outubro de 2020 (50,31%).
Por fim, as indústrias extrativas lideraram os avanços nos preços no trimestre (49,57%), mas também no acumulado dos últimos 12 meses (136,25%). No último caso, as indústrias ainda exerceram o maior impacto no IPP, de 5,55 ponto percentual.
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