Os preços das indústrias extrativas brasileiras ficaram 3,61% mais caros em julho deste ano na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, a atividade passou a acumular um forte avanço de 66,56% no acumulado de 2021.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (27). Aliás, vale ressaltar que os preços das indústrias extrativas dispararam 45,35% em 2020, valor inferior à variação deste ano, pelo menos por enquanto.
Além disso, o IBGE revelou que a atividade agora acumula uma variação de 95,12% nos últimos 12 meses. A propósito, indústrias extrativas são aquelas que extraem matéria-prima da natureza, englobando produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral e indústria madeireira.
Em resumo, o resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que subiu 1,94% em julho. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete.
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Veja o que puxou a alta dos preços
De acordo com o IBGE, as indústrias extrativas tiveram a segunda maior variação entre os componentes do IPP em julho, atrás apenas da atividade de metalurgia (3,68%). Em contrapartida, as indústrias extrativas têm as variações tanto no acumulado de 2021 quanto nos últimos 12 meses.
Já em relação à influência, as indústrias extrativas foram responsáveis por 0,27 ponto percentual (p.p.) da variação do IPP em julho. A saber, o impacto da atividade foi menor que as de alimentos (0,49 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (0,32 p.p.).
Por fim, as indústrias extrativas exerceram o segundo maior impacto no acumulado de 2021 (3,66 p.p.), atrás apenas da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (3,73 p.p.). Já nos últimos 12 meses, as indústrias extrativas exerceram o terceiro maior impacto no IPP (4,97 p.p.), atrás de alimentos (7,12 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (5,25 p.p.).
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