Os preços das indústrias extrativas brasileiras dispararam 8,71% em junho deste ano, na comparação com o mês anterior. Com o acréscimo desse resultado, a atividade passou a acumular um forte avanço de 60,76% no primeiro semestre de 2021.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (28). Aliás, vale ressaltar que os preços das indústrias extrativas dispararam 45,35% em 2020, valor inferior à variação deste ano, pelo menos por enquanto.
Além disso, o IBGE revelou que a atividade agora acumula uma variação de 115,55% nos últimos 12 meses. Esse valor superou o salto de 105,71% observado em maio. A propósito, indústrias extrativas são aquelas que extraem matéria-prima da natureza, englobando produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral e indústria madeireira.
Em resumo, o resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que subiu 1,31% em junho. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete.
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Veja o que puxou a alta dos preços
De acordo com o IBGE, as indústrias extrativas tiveram a maior variação entre os componentes do IPP em junho. Na verdade, o aumento dos preços deste segmento também foi o maior tanto no primeiro semestre de 2021 quanto nos últimos 12 meses.
Já em relação à influência, as indústrias extrativas foram responsáveis por 0,60 ponto percentual (p.p.) da disparada do IPP em junho. Isso quer dizer que a atividade respondeu por 45,8% da variação do IPP no mês, superando em mais de três vezes o segundo maior impacto no mês, de outros produtos químicos (0,19 p.p.).
Por fim, as indústrias extrativas também exerceram o maior impacto no semestre (3,34 p.p.), mesma taxa que a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (3,34 p.p.). Já nos últimos 12 meses, as indústrias extrativas exerceram o terceiro maior impacto no IPP (5,44 p.p.) no período, atrás de alimentos (7,60 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (5,87 p.p.).
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