Os preços das indústrias extrativas brasileiras ficaram 1,16% mais caros em agosto deste ano, na comparação com o mês anterior. Embora o resultado tenha sido pouco expressivo, a variação acumulada pela atividade em 2021 acelerou de 66,56% para 68,49%.
A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quarta-feira (29). Aliás, vale ressaltar que os preços das indústrias extrativas dispararam 45,35% em 2020, valor inferior à variação deste ano, pelo menos, por enquanto.
Além disso, o IBGE revelou que a atividade agora acumula uma variação de 82,03% nos últimos 12 meses. A propósito, indústrias extrativas são aquelas que extraem matéria-prima da natureza, englobando produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral e indústria madeireira.
Em resumo, o resultado dos preços das indústrias extrativas é um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP), que subiu 1,86% em agosto. A saber, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete.
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Veja o que puxou a alta dos preços
De acordo com o IBGE, as indústrias extrativas emendaram a terceira variação positiva em agosto. Contudo, o aumento foi menor que os quatro principais avanços no mês: produtos das atividades industriais de fumo (3,14%), de minerais não-metálicos (2,98%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,89%) e de outros produtos químicos (2,82%).
Em relação à influência exercida no IPP, as indústrias extrativas, que acumulam a maior variação no ano, exerceram o segundo maior impacto no índice (3,77 p.p.), atrás apenas da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (3,96 p.p.).
Por fim, o IBGE também revelou que, nos últimos 12 meses, as indústrias extrativas exerceram o terceiro maior impacto no IPP (4,50 p.p.), atrás de alimentos (6,37 p.p.) e refino de petróleo e produtos de álcool (4,84 p.p.).
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