Os preços das indústrias extrativas brasileiras encerraram novembro em queda de 5,21% na comparação com o mês anterior. A saber, o recuo é o terceiro consecutivo e sucede os decréscimos observados em setembro (-16,48%) e outubro (-2,18%).
Embora os últimos resultados tenham ficado negativos, a variação acumulada pela atividade continua bastante expressiva em 2021. Após o salto de 45,35% registrado em 2020, as atividades extrativas seguem acumulando um avanço de 30,49% entre janeiro e novembro de 2021.
Apesar de intensa, a alta é bem mais modesta que a do ano anterior. Mas a atividade vinha apresentando uma variação ainda maior que a de 2020. Em resumo, os últimos três meses de queda fizeram os preços das indústrias extrativas acumularem uma queda de 22,56%.
No entanto, como o setor estava acumulando uma alta expressiva entre janeiro e agosto (68,49%), último mês de avanço, nem mesmo os recentes recuos eliminaram os ganhos da atividade em 2021.
A propósito, as indústrias extrativas são um dos componentes da taxa geral do Índice de Preços ao Produtor (IPP). Aliás, o indicador analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e frete. E a inflação da indústria brasileira subiu 1,31% em novembro.
As indústrias extrativas são aquelas que extraem matéria-prima da natureza, englobando produção mineral, extração de petróleo e carvão mineral e indústria madeireira. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou os dados nesta quarta-feira (5).
Veja detalhes do desempenho das indústrias extrativas no mês
O IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação e abrange bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
De acordo com o IBGE, as indústrias extrativas vêm registrando recuos nos últimos meses devido à influência dos dois produtos de maior peso no cálculo do setor. Em suma, o produto minérios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados, exceto pelotizados ou sinterizados caiu entre setembro e novembro, assim como a atividade.
Já o produto óleos brutos de petróleo registrou a primeira queda em dezembro, derrubando ainda mais os preços no penúltimo mês do ano.
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