Os preços da indústria química do país encerraram dezembro em alta de 2,57%, na comparação com o mês anterior. A saber, essa foi a maior variação positiva entre as atividades pesquisadas em dezembro. Apenas outros dois resultados superaram a variação da indústria química, mas ambos foram negativos: indústrias extrativas (-12,77%) e metalurgia (-3,27%).
Com o acréscimo do resultado de dezembro, a atividade acumulou uma variação bastante expressiva em 2021, de 64,09%. Nesse caso, a variação foi a segunda maior registrada, ficando atrás apenas da atividade de refino de petróleo e biocombustíveis, cujos preços dispararam 69,72% no ano.
A indústria química também exerceu o segundo maior impacto (5,14 ponto percentual) no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em 2021. A propósito, o índice caiu 0,12% em dezembro, mas a queda não impediu o indicador de bater recorde em 2021.
Da mesma forma, as indústrias químicas também exerceram o segundo maior impacto no IPP no decorrer de 2021 (5,14 p.p.). Mais uma vez, a atividade de refino de petróleo e produtos de álcool exerceu a maior influência, de 5,88 p.p.
Esses dados compõem o IPP, cujo levantamento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em resumo, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”. Isso quer dizer que os valores não sofrem variação com impostos e frete.
Na verdade, o IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, abrangendo bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Ao mesmo tempo, os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas ao mercado, segundo o IBGE.
Veja o que impulsionou os preços da indústria química no ano
De acordo com o IBGE, os preços da indústria química estão muito elevados nos últimos tempos devido a dois fatores principais. O primeiro deles é a forte variação de preços internacionais de diversas matérias-primas do setor. Já o segundo é a demanda aquecida por produtos químicos, configurada pelo aumento das buscas por itens desta atividade.
“Os produtos que mais influenciaram os resultados em 2021 foram: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”, “polipropileno (PP)” e “superfosfatos”. Todos tiveram variações positivas”, disse o IBGE.
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