Os preços da indústria química do país encerraram outubro em forte alta de 6,38% na comparação com o mês anterior. A saber, esta é a maior taxa positiva do setor em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é responsável pelo levantamento.
Com o acréscimo do resultado, a indústria química passa a acumular uma expressiva variação de 52,50% em 2021. A propósito, essa é a segunda maior alta entre as atividades pesquisadas, atrás apenas de refino de petróleo e produtos de álcool (60,38%).
Aliás, a variação mensal também fez a indústria química exercer o segundo maior impacto, de 4,21 ponto percentual (p.p.), no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em outubro, que variou 2,16% em outubro. A única influência mais expressiva veio da atividade de refino de petróleo e produtos de álcool (5,09 p.p.)
Já em 12 meses, as indústrias químicas exerceram o terceiro maior impacto no IPP dos últimos 12 meses (4,39 p.p.). As duas maiores influências foram das atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (5,76 p.p.) e alimentos (4,49 p.p.).
A propósito, todos esses dados fazem parte do IPP. Em resumo, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”. Isso quer dizer que os valores não sofrem variação com impostos e frete.
Na verdade, o IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, abrangendo bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Nesse caso, os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Variação acumulada em 12 meses é a segunda maior
Além disso, o IBGE revelou que os preços da indústria química brasileira saltaram 54,52% em 12 meses encerrados em outubro. Em suma, o aumento só não supera as disparadas das atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (72,02%). Aliás, vale destacar as variações dos preços da metalurgia (52,10%) e do setor de madeira (39,40%) no período.
“Os resultados observados estão ligados principalmente aos preços internacionais e à variação de preços de diversas matérias-primas importadas ou não, como, por exemplo, a nafta. Além disso, a demanda da indústria por produtos químicos está aquecida”, explicou o IBGE.
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