Os preços da indústria química do país encerraram agosto em alta de 2,82%, na comparação com o mês anterior. A saber, esta é a maior taxa positiva desde abril (4,73%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é responsável pelo levantamento.
Com o acréscimo do resultado, a indústria química passa a acumular uma expressiva variação de 37,34% no ano. A propósito, essa é a quarta maior alta entre as atividades pesquisadas, atrás apenas de indústrias extrativas (68,49%), refino de petróleo e produtos de álcool (47,03%) e metalurgia (40,59%).
Aliás, a variação mensal fez a indústria química exercer o segundo maior impacto, de 0,25 ponto percentual (p.p.), no Índice de Preços ao Produtor (IPP) em agosto, que subiu 1,86%. A única influência mais expressiva veio dos alimentos (0,51 p.p.).
Da mesma forma, as indústrias químicas exerceram o quarto maior impacto no IPP entre janeiro e agosto (2,99 p.p.). As três maiores influências foram das atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (3,96 p.p.), indústrias extrativas (3,77 p.p.) e alimentos (3,20 p.p.) .
A propósito, todos esses dados fazem parte do IPP. Em resumo, o índice analisa o progresso dos preços dos produtos na “porta da fábrica”. Isso quer dizer que os valores não sofrem variação com impostos e frete.
Na verdade, o IBGE mede a evolução de 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação, abrangendo bens de capital, intermediários e de consumo separadamente. Nesse caso, os subgrupos de bens duráveis e não-duráveis também passam por análise. Assim, as informações chegam mais precisas e segmentadas.
Variação acumulada em 12 meses também é a quarta maior
Além disso, o IBGE revelou que os preços da indústria química brasileira saltaram 50,49% em 12 meses, encerrados em agosto. Da mesma forma, o aumento só não supera as disparadas de: indústrias extrativas (82,03%), metalurgia (56,98%) e refino de petróleo e produtos de álcool (56,84%).
Já em relação ao impacto provocado pelas atividades pesquisadas, a indústria química respondeu por 3,98 p.p. do salto de 33,08% do IPP em 12 meses. Essa marca também foi superada pela influência de alimentos (6,37 p.p.), refino de petróleo e produtos de álcool (4,84 p.p.), indústrias extrativas (4,50 p.p.).
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