O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,44% em setembro deste ano. A taxa teve uma leve desaceleração em relação a agosto, quando os preços do setor variaram 0,58% no país.
Com o acréscimo deste resultado, a inflação da construção civil acumulada em 12 meses caiu de 13,61% para 13,11%. No entanto, mesmo com essa desaceleração, os custos do setor continuam bastante elevados no país. E quem mais sofre com os preços altos são os brasileiros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta terça-feira (11).
De acordo com a pesquisa, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.669,19 em setembro. Em resumo, R$ 999,96 correspondeu aos materiais, enquanto que R$ 669,23 se referiu à mão de obra.
Já a parcela dos materiais subiu 0,53%, taxa inferior a registrada em agosto (0,69%). Da mesma forma, a parcela da mão de obra também desacelerou no período (0,42% para 0,31%).
O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explicou que os preços da construção civil passaram a subir em junho de 2020. Os avanços se mantiveram constantes até este ano, quando a trajetória mudou de direção e os custos do setor passaram a cair no país.
“Em 2022, tivemos um pico em maio (2,17%) até iniciar a desaceleração para os atuais 0,44%. Alguns estados já apresentam deflação, caso de Espírito Santo (-0,11%) e (-0,01%) na Bahia, que pode ser considerado estabilidade”, disse Oliveira.
No acumulado dos últimos 12 meses, os preços dos materiais ficaram 9,89% mais caros no país. Já em relação à mão de obra, a taxa subiu 10,73% no período.
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Região Sul tem maior variação em setembro
O Sul registrou a maior variação entre as regiões do país em setembro (0,95%), mais que o dobro da média nacional. Na região, o destaque foi Santa Catarina, onde os custos do setor saltaram 2,80% no mês, impulsionando a variação regional.
As outras regiões tiveram variações menos expressivas no mês: Norte (0,52%), Centro-Oeste (0,42%), Nordeste (0,42%) e Sudeste (0,27%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o Centro-Oeste teve o maior avanço nacional (15,85%). Em seguida, ficaram Norte (14,99%), Sudeste (13,14%), Nordeste (12,28%) e Sul (11,52%).
Por fim, o Sinapi foi criado para produzir informações de custos e índices de maneira sistematizada e com abrangência nacional. Isso aconteceu para elaborar e avaliar orçamentos da construção civil, bem como acompanhar os custos do setor.
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