O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,38% em outubro deste ano. A taxa teve uma leve desaceleração em relação a setembro, quando os preços do setor variaram 0,44% no país.
Com o acréscimo deste resultado, a inflação da construção civil acumulada em 12 meses caiu de 13,11% para 12,41%. No entanto, mesmo com essa desaceleração, os custos do setor continuam bastante elevados no país. E quem mais sofre com os preços altos são os brasileiros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (10).
De acordo com a pesquisa, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.675,46 em outubro. Em resumo, R$ 1.000,36 correspondeu aos materiais, enquanto que R$ 675,10 se referiu à mão de obra.
Já a parcela dos materiais variou 0,04%, taxa inferior a de setembro (0,53%). Por outro lado, a parcela da mão de obra também desacelerou no período (0,31% para 0,88%).
O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explicou que os preços da construção civil passaram a subir em junho de 2020. Os avanços se mantiveram constantes até este ano, quando a trajetória mudou de direção e os custos do setor passaram a cair no país.
“Estamos captando um ritmo de desaceleração em relação ao período da pandemia de Covid-19, o que vem trazendo o índice para patamares mais próximos da série histórica pré-pandemia”, disse Oliveira.
No acumulado dos últimos 12 meses, os preços dos materiais ficaram 9,93% mais caros no país. Já em relação à mão de obra, a taxa subiu 11,70% no período.
SALÁRIO MÍNIMO deveria ter sido de R$ 6.458,86 em outubro
Região Centro-Oeste tem maior variação em outubro
O Centro-Oeste registrou a maior variação entre as regiões do país em outubro (1,59%), quatro vezes maior que a média nacional. Na região, o destaque foi Mato Grosso, onde os custos do setor saltaram 4,89% no mês, impulsionando a variação regional.
Em outubro, a região Norte também teve uma variação semelhante a do Centro-Oeste (1,46%), com destaque para Roraima (3,64%) e Pará (2,55%). As outras regiões tiveram as seguintes taxas: Sul (0,27%), Nordeste (0,25%) e Sudeste (-0,03%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o Centro-Oeste teve o maior avanço nacional (16,27%). Em seguida, ficaram Norte (13,74%), Sudeste (11,91%), Nordeste (11,82%) e Sul (11,32%).
Por fim, o Sinapi foi criado para produzir informações de custos e índices de maneira sistematizada e com abrangência nacional. Isso aconteceu para elaborar e avaliar orçamentos da construção civil, bem como acompanhar os custos do setor.
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