O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) variou 0,15% em novembro deste ano. A taxa desacelerou em relação a outubro, quando os preços do setor variaram 0,38% no país.
Com o acréscimo deste resultado, a inflação da construção civil acumulada em 12 meses caiu de 12,41% para 11,38%. No entanto, mesmo com essa desaceleração, os custos do setor continuam bastante elevados no país. E quem mais sofre com os preços altos são os brasileiros.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (9).
De acordo com a pesquisa, o custo nacional da construção por metro quadrado foi de R$ 1.677,96 em novembro. Em resumo, R$ 1.000,47 correspondeu aos materiais, enquanto que R$ 677,49 se referiu à mão de obra.
Já a parcela dos materiais variou 0,01%, taxa semelhante a de outubro (0,04%). Já a parcela da mão de obra desacelerou de maneira mais expressiva no período (0,88% para 0,35%).
O gerente do Sinapi, Augusto Oliveira, explicou que os preços da construção civil começaram a subir em junho de 2020. Os avanços se mantiveram constantes até este ano, quando a trajetória mudou de direção e os custos do setor passaram a cair no país.
“Os custos estão chegando a uma normalidade, sem a influência de um período de pandemia, com as variações dos preços mais comportandos, acompanhando os movimentos do mercado da construção civil”, disse Oliveira.
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Região Centro-Oeste tem maior variação em novembro
O Centro-Oeste registrou a maior variação entre as regiões do país em novembro (0,62%), assim como ocorreu no mês anterior. Na região, o destaque foi o Distrito Federal, onde os custos do setor subiram 2,18% no mês, impulsionando a variação regional.
Em novembro, a região Norte também teve uma variação um pouco inferior a do Centro-Oeste (0,47%), com destaque para Pará (0,66%), Roraima (0,64%) e Amazonas (0,58%). As outras regiões tiveram as seguintes taxas: Sul (0,39%), Nordeste (0,05%) e Sudeste (-0,01%).
No acumulado dos últimos 12 meses, o Centro-Oeste teve o maior avanço nacional (14,99%). Em seguida, ficaram Norte (12,80%), Sudeste (10,88%), Nordeste (10,83%) e Sul (10,85%).
Por fim, o Sinapi foi criado para produzir informações de custos e índices de maneira sistematizada e com abrangência nacional. Isso aconteceu para elaborar e avaliar orçamentos da construção civil, bem como acompanhar os custos do setor.
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