Nos últimos tempos, a cenoura vem aparecendo cada vez mais frequentemente nos noticiários do país, mas a razão para isso acontecer não é positiva. Na verdade, o legume está se destacando devido à disparada dos seus preços, que estão quase três vezes maiores do que no ano passado.
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cenoura acumula uma alta de 195% nos últimos 12 meses. O legume lidera com folga o ranking dos itens que mais subiram entre maio de 2021 e abril de 2022.
Aliás, os dados fazem parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que variou 1,73% neste mês. Em resumo, este indicador é considerado a prévia da inflação oficial do país, visto que sua metodologia é a mesma do índice que mede a inflação, o IPCA.
A saber, a variação registrada em abril corresponde ao maior patamar mensal desde fevereiro de 2003 (2,19%). Além disso, esta também é a maior taxa já registrada em meses de abril desde 1995, quando o IPCA-15 variou 1,95%.
Preços do tomate também disparam em um ano
Segundo os dados do IBGE, o tomate ocupou a segunda posição no ranking dos maiores avanços em 12 meses. Nesse caso, a alta chegou a 117,48%, ou seja, o preço do item está custando mais que o dobro do ano passado.
Estas elevações estão fazendo o consumo destes itens ficarem cada vez mais reduzidos no país. Isso porque a população está procurando outras opções mais baratas e realizando a troca.
O top dez ainda traz os seguintes itens: abobrinha (86,83%), café moído (65,09%), melão (63,26%), repolho (59,38%), melancia (52,64%), óleo diesel (52,53%), pimentão (50,18%) e transporte por aplicativo (47,47%).
Outros destaques são: gás veicular (na 12ª posição, com uma variação de 46,26%), gás de botijão (20ª, com 32,45%), etanol (22ª, com 30,55%), energia elétrica residencial (23ª, com 30,16%) e gasolina (24ª, com 30,12%).
Vale ressaltar que os combustíveis estão em posições elevadas no ranking, pressionando cada vez mais a inflação no país. Inclusive, estes itens foram os vilões da inflação no ano passado, apresentando uma variação média quase cinco vezes superior à taxa inflacionária nacional.
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