O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informou que o valor da cesta básica do país ficou mais caro em outubro. Isso aconteceu, principalmente, devido aos avanços registrados por itens muito importantes na mesa do brasileiro, como batata, café e açúcar.
De acordo com o levantamento do Dieese, o preço da batata ficou mais caro em todas as 10 capitais pesquisadas em outubro. As taxas variaram entre 15,51% em Brasília e 33,78% em Florianópolis. O principais fator para a alta dos preços foi a chuva, que reduziu a oferta, aumentando o valor do item no varejo.
Além da batata, o café em pó ficou mais caro em 16 das 17 capitais pesquisadas no mês. A saber, os avanços mais intensos foram os de Vitória (10,14%), Rio de Janeiro (10,06%), Campo Grande (9,81%) e Curitiba (9,78%). Em resumo, as elevações aconteceram devido à geada e ao tempo seco, além da baixa oferta global e do aumento dos preços nas cotações externas.
Da mesma forma, o tomate também ficou mais caro em 16 capitais. As maiores elevações foram observadas em Vitória (55,54%), João Pessoa (44,83%), Natal (42,16%), Brasília (40,16%) e Campo Grande (32,69%. A oferta acabou reduzida devido à maturação lenta do fruto, o que fez os preços subirem.
Por sua vez, o açúcar teve alta em 15 capitais. As oscilações variaram entre 0,27%, em João Pessoa, e 7,02%, no Rio de Janeiro. Isso aconteceu devido a menor oferta do item e ao aumento do volume exportado.
Óleo de soja, leite e manteiga também ficam mais caros no mês
Além disso, o Dieese destacou outros três itens que também ficaram mais caros em outubro. A saber, o óleo de soja subiu em 13 das 17 capitais pesquisadas, com destaque para Vitória (3,22%), Brasília (2,40%), Campo Grande (2,16%), Rio de Janeiro (1,81%) e São Paulo (1,76%). Em síntese, o aumento do preço do petróleo impulsionou a procura por biodiesel, que utiliza o óleo de soja, e isso fez o valor do item subir no mês.
O leite integral subiu em 11 capitais pesquisadas, com os avanços mais expressivos registrados em Campo Grande (2,98%) e Belém (1,78%). O preço da manteiga também teve alta em 11 capitais, com destaque para Vitória (5,18%) e Salvador (2,72%). Embora a oferta tenha crescido no mês, os altos custos de produção continuaram pressionando os preços dos itens.
Preços do feijão e do arroz caem em outubro
Por outro lado, alguns itens encerraram outubro mais baratos. Dentre eles, o feijão, cujo preço caiu em 11 capitais. A saber, as quedas registradas pelo tipo carioquinha variaram entre -2,73% em Fortaleza e -0,13% em São Paulo. Já o feijão preto, pesquisado na região Sul e no Rio de Janeiro e em Vitória, caiu em Porto Alegre (-1,33%) e Curitiba (-1,00%).
De acordo com o Dieese, o alto preço de ambos os tipos de feijão vem reduzindo a demanda devido ao empobrecimento das famílias do país. Aliás, isso vem acontecendo mesmo com a baixa oferta do produto. E outubro ainda foi um período de entressafra, mas isso não impediu a queda do produto.
A carne bovina de primeira também ficou mais barata em outubro, com o preço caindo em nove capitais. As maiores quedas ocorreram em Vitória (-1,17%) e Goiânia (-0,76%). A principal razão das quedas foi a suspensão das exportações da carne brasileira para a China.
Por fim, as capitais pesquisadas pelo Dieese são: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Fortaleza, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo e Vitória.
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