O preço de combustível afeta diretamente o poder de compra do brasileiro. A grande maioria dos produtos comercializados no país são transportados por caminhões, outros por aviões, mas, como sabemos, todos eles usam algum tipo de combustível.
A alta desses preços implica no aumento da inflação. Em 2022, o agora ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, havia assinado uma Medida Provisória para que o imposto zero. No entanto, seu prazo de validade terminaria em 31 de dezembro de 2022.
Preço de combustível: atual governo prorroga o prazo para imposto zero
Um dos primeiros decretos assinados pelo atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foi a prorrogação do imposto zero em relação ao preço de combustível.
Agora, seu prazo acaba no dia 28 de fevereiro de 2023. Com essa nova prorrogação, ficou definida a redução dos impostos federais como Cofins e o PIS/Pasep.
Os combustíveis que foram influenciados por essa MP são: gás natural de veículos, álcool, gasolina e querosene usado para a aviação.
Em relação à gasolina, ainda existe um outro imposto, o CIDE. Mas ele também foi zerado.
Os valores para importação se mantiveram. A isenção dos impostos também cobre essa área.
Isso serve para que os importadores não sofram a diferença agora. Pois boa parte dos combustíveis que são vendidos aqui no Brasil, são comprados no exterior.
Mas para o diesel, a data de redução zero será até 31 de dezembro de 2023. Isso vale para os impostos relacionados ao Cofins e PIS/Pasep.
Em suma, o gás de cozinha, biodiesel, diesel e gás natural não sofrerão reajustes em seus valores até o fim do ano, vindos do Governo Federal.
Mas, na minha cidade, os preço de combustível continua alto
Mesmo com a decisão do Governo Federal, os estados brasileiros possuem autonomia para definir o preço de combustível.
Por isso, mesmo com o imposto zero, são vistos nos postos de gasolina, um aumento significativo que interfere na renda mensal do cidadão.
Em Belo Horizonte, por exemplo, capital de Minas Gerais, a segunda-feira foi marcada por valores acima de R$ 5,00 o litro de gasolina natural.
No entanto, isso já vinha ocorrendo nos últimos dias de 2022, devido a alta procura em razão das festas de fim de ano.
Afinal de contas, muitas pessoas viajam para visitar parentes, para passar natal e ano novo em outros locais.
Algumas matérias de grandes portais de notícias, mostraram a situação dos preços. Ao fim do dia, perceberam uma leve redução nos mesmos.
Mas o sindicato responsável pelo comércio de petróleo na forma de varejo, Minaspetro, alega que esses valores ainda são de antes da nova MP.
Além disso, o sindicato também afirma que a Medida Provisória não foi publicada no Diário Oficial da União. Por isso, a mudança ainda não aconteceu no preço de combustível. E isso ainda pode demorar um pouco, pois vai depender do estoque que eles possuem em seus postos.
Preço dos combustíveis afeta o seu bolso
Caso não houvesse prorrogação da redução zero, iria influenciar no IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). De acordo com os especialistas, esse índice poderia aumentar em até 0,51 ponto percentual em 2023.
Todavia, você ainda pode sentir no bolso. O ICMS, que é um imposto estadual, vai retornar. A sua alíquota teve uma redução no ano passado com o antigo governo.
Então, será possível sentir a diferença em até 4%. Mesmo assim, o preço dos combustíveis pode sofrer um aumento.
Mas não se preocupe! Pois há a possibilidade de essa redução acontecer diretamente na Petrobrás.
Pois, se o novo presidente, Jean Paul Prates, reduzir os preços diretamente das estatais, o valor chegaria mais barato.
Dentre os muitos serviços afetados, está o de energia elétrica.Com a falta de água em algumas regiões, a cobrança tarifária tende a ficar mais cara com o uso das termoelétricas.
O gás de cozinha, que antes podíamos encontrar por algo entre R$ 80,00 e R$ 90,00, hoje, não sai por menos de R$100,00.
O transporte de alimentos e medicamentos também sofre alterações de preço, assim como o preço de combustível e dos meios de transporte, como ônibus e metrô.