O preço dos aluguéis residenciais fechou junho com uma leve queda de 0,31% em relação a maio. O recuo acontece após a alta de 0,59% registrada no mês anterior. Com isso, o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) passou a acumular uma variação de 8,05% nos últimos 12 meses.
A saber, o indicador estava com uma taxa anual de 8,83% em maio, maior nível desde o início da série histórica, em janeiro de 2019. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), responsável pelo levantamento, atualizou os dados nesta semana.
Em suma, o decréscimo mensal no IVAR ocorreu devido aos recuos registrado em Belo Horizonte (1,97% para -4,12%), Rio de Janeiro (1,31% para -0,26%) e Porto Alegre (0,87% para -0,27%). Em contrapartida, os preços dos aluguéis residenciais subiram em São Paulo (-0,26% para 0,86%), único local a registrar queda no mês anterior.
Com o acréscimo destes resultados, as cidades passaram a acumular as seguintes variações no acumulado dos últimos 12 meses:
- Rio de Janeiro (10,43%);
- São Paulo (8,23%);
- Belo Horizonte (7,89%);
- Porto Alegre (6,29%).
Em resumo, o indicador tem o objetivo de “medir a evolução mensal dos preços de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil”. Segundo o FGV Ibre, o indicador utiliza “informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis”.
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Inflação da construção civil segue elevada no país
O mercado imobiliário brasileiro vem enfrentando grandes desafios em 2022. O número de lançamentos de imóveis no primeiro trimestre deste ano despencou 42,5% na comparação com o quarto trimestre do ano passado, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção divulgou os dados na segunda-feira.
Da mesma forma, a oferta final de empreendimentos também caiu na comparação trimestral (-7,6%). A saber, os tombos refletem o aumento dos custos do setor da construção, bem como a conjuntura econômica do país, com a taxa de juros mais alta dos últimos anos.
Por fim, o FGV Ibre havia revelado no final do mês passado que a inflação da construção variou 2,81% em junho, após subir 1,49% em maio. Em síntese, o avanço aconteceu devido ao índice que mede a mão de obra, cuja taxa saltou de 1,43% em maio para 4,37%.
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