O preço do querosene de aviação (QAV) não para de subir no Brasil. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), o combustível teve alta de 3,9% em 15 refinarias do país, no último dia 1º de julho, na comparação com o mês anterior. Aliás, o avanço é pequeno em relação à alta acumulada em 2022.
Em resumo, o QAV disparou 70,6% nos seis primeiros meses deste ano. Essa forte alta afeta principalmente os consumidores, pois as empresas aéreas acabam repassando esse salto nos preços das passagens aéreas.
A saber, a Petrobras elevou em 11% o preço do QAV no mês passado, em relação a maio. Antes disso, a estatal já havia elevado o preço do QAV no início de abril, em cerca de 18%. Aliás, esses reajustes se direcionaram apenas às refinarias.
Isso quer dizer que o valor para o consumidor final geralmente é mais elevado, pois inclui outras variações, como custos das empresas aéreas com mão de obra, transporte, manutenção, operação e margem de lucro, entre outros fatores.
Vale destacar que o QAV representa mais de um terço dos custos que as companhias aéreas possuem. Em outras palavras, quanto mais caro estiver o combustível, mais salgados os preços das passagens aéreas também deverão ficar.
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Preço do QAV no Brasil é 40% mais caro que no exterior
Segundo a Abear, o QAV comercializado no Brasil chega a ser até 40% mais caro que no exterior. Essa realidade dificulta a vida dos brasileiros, bem como a operação das companhias aéreas no país.
“Mais uma vez o reajuste mensal no preço do QAV comprova os desafios que as associadas Abear enfrentam diariamente com a escalada dos custos estruturais, principalmente com o QAV”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, em nota.
A saber, os reajustes dos preços de venda do QAV da Petrobras às companhias distribuidoras ocorrem mensalmente.
Passagens ficam mais caras
As constantes altas dos preços do QAV afetam diretamente os passageiros, que se veem obrigados a pagar cada vez mais caro para viajar de avião.
Segundo dados do IBGE, as passagens de avião dispararam 123% nos últimos 12 meses encerrados em junho. Embora as variações já estejam bastante expressivas, os preços devem subir ainda mais nos próximos meses.
Por isso, os brasileiros devem buscar promoções e preços mais acessíveis. Caso contrário, terão que pagar bem mais caro para viajar no país.
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