Após semanas de avanço, que fizeram o petróleo atingir a máxima de fechamento em sete anos, os preços da commodity estão caindo. Na sessão desta terça-feira (8), o mercado respirou um pouco mais aliviado com as tensões vindas do leste europeu. E isso ajudou a enfraquecer o petróleo.
A saber, os contratos futuros para abril do barril Brent, que é a referência mundial, caíram 2,06% na sessão. Com isso, o barril do petróleo fechou o dia cotado a US$ 90,78 na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres.
Da mesma forma, os contratos para março do petróleo West Texas Intermediate (WTI), referência norte-americana, também tombaram no pregão (-2,14%). Assim, o barril recuou para US$ 89,36 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Em 2021, o petróleo registrou uma alta superior a 50% na comparação com 2020. Aliás, muitos pensaram que o resultado havia acontecido apenas devido à fraca base comparativa por causa da pandemia da Covid-19, que afundou os preços da commodity em 2020.
Embora venha caindo nos últimos dias, o petróleo também vem mantendo um ritmo bastante forte em 2022. A propósito, os preços do barril Brent subiram quase 15% na parcial deste ano, enquanto o WTI acumula alta ainda mais expressiva, de mais de 18%.
Redução das tensões no leste europeu derruba preço do petróleo
Na sessão de hoje, os investidores seguiram atentos à situação do leste europeu, marcado pela iminente invasão da Rússia à Ucrânia. Isso pode provocar diversos impactos no setor energético global, resultando em interrupções da produção de petróleo.
No entanto, o presidente da França, Emannuel Macron, afirmou que Vladimir Putin, presidente da Rússia, comprometeu-se a não aumentar o nervosismo e elevar a temperatura na região. A saber, as tensões com essa situação vinham impulsionando os preços do petróleo nas últimas semanas.
Além disso, a restrição da oferta de petróleo também preocupa o planeta. A saber, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) decidiu aumentar a sua produção diária em 400 mil barris por dia em março. Contudo, a entidade está com dificuldade para manter esse nível de expansão da produção.
Em suma, os analistas acreditam que a oferta restrita não conseguirá acompanhar a forte demanda global, mesmo com o aumento da produção. E esse cenário beneficiou o petróleo nos últimos tempos. Aliás, as recentes altas também derrubaram a commodity nesta terça, visto que os investidores estão aproveitando para a realização de lucros.
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