O petróleo atingiu uma expressiva marca nesta segunda-feira (4). A saber, o preço da commodity atingiu a máxima de fechamento em três anos. E isso aconteceu, em grande parte, por causa da decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) em manter sua produção no mesmo nível atual.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para dezembro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, saltaram 2,5%, o que corresponde a US$ 1,98. Assim, subiram para US$ 81,26, na ICE, em Londres. Esse é o maior patamar do petróleo desde 2018. Inclusive, na semana passada, o Brent registrou o quarto ganho semanal consecutivo.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para novembro, que é a referência norte-americana, avançaram na sessão (2,3% ou US$ 1,74). Com isso, o barril ficou cotado a US$ 77,62 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Nesse caso, o nível de fechamento é o mais elevado desde 2014. O WTI acumula seis ganhos semanais seguidos.
Opep mantém nível de produção estável
Em suma, o que mais repercutiu no pregão desta segunda foi a reunião da Opep+. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pediu para a Opep aumentar a sua produção devido a forte demanda global por petróleo. No entanto, a organização decidiu manter o crescimento gradual da sua produção.
Na verdade, a Opep+ já havia projetado na última reunião que manteria a sua produção inalterada, em 400 mil barris de petróleo por dia. Os pedidos dos EUA e de outros países para elevar a produção ocorreu por causa da interrupção no Golfo do México, cuja produção estava paralisada por causa do furacão Ida. Contudo, nem isso fez a Opep+ elevar sua produção.
A oferta limitada tende a elevar os preços do petróleo, ainda mais porque a demanda global continua forte. Em suma, o abrandamento de medidas restritivas por causa da Covid-19 está aumentando o consumo de combustível no mundo. A liberação das fronteiras para entrada de viajantes de outros países também vem impulsionando a demanda pela commodity.
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