O petróleo encerrou a terceira semana consecutiva no vermelho. A saber, a commodity havia registrado nove semanas seguidas de avanço, mas os últimos três resultados trouxeram queda. Embora o novo recuo tenha reduzido ainda mais o preço do petróleo, as principais referências continuam em patamares elevados.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para janeiro do barril do petróleo Brent, que é a referência mundial, caíram 0,84% nesta sexta-feira (12) e alcançaram US$ 82,17, na ICE, em Londres. Com o acréscimo do resultado, o barril reverteu os ganhos na semana e recuou 0,7% no período.
Da mesma forma, os contratos para o petróleo WTI para dezembro, que é a referência norte-americana, também caíram no dia (-0,98%). Assim, o barril fechou o dia cotado a US$ 80,79 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex). Na semana, o WTI caiu 0,6% devido ao recuo de hoje, que reverteu os ganhos semanais.
Entenda o que fez o preço do petróleo cair na semana
Na véspera, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) divulgou o seu relatório mensal, que traz dados e projeções da organização. Em suma, a Opep+ estima que a demanda global por petróleo cresça em 5,7 milhões por dia neste ano, ficando bem abaixo da projeção anterior.
“O relatório mensal da Opep fez alusão a alguns desafios do lado da demanda nos próximos meses, conforme os preços elevados de energia devem pesar, levando o grupo a revisar para baixo as suas projeções em 330 mil barris por dia”, afirmou Craig Erlam, da Oanda, à Dow Jones Newswires.
“Este número pode subir se virmos mais surtos de covid, o que pode em parte explicar porque os produtores estão tão relutantes em aumentar as metas de produção, mesmo que não as aumentar esteja elevando os preços”, acrescentou Erlam.
Além disso, os EUA decidiram vender reservas estratégicas do petróleo para conter as recentes elevações dos preços. No entanto, analistas dizem que a medida não reverterá o valor do petróleo. Ao mesmo tempo, provocará uma restrição persistente no longo prazo, pois estas reservas precisarão ser repostas. Seja como for, o mercado pareceu preocupado com a solução.
“Esta semana foi um bom lembrete para os mercados de petróleo que os preços não são afetados apenas pela trajetória de oferta e demanda, mas também pelas previsões de política monetária e por formas de intervenção governamental”, disse Louise Dickson, analista sênior de mercados de petróleo da Rystad Energy.
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