O pretróleo continua escalando novos patamares, pelo menos em parte. Nesta terça-feira (28), o barril Brent, que é a referência mundial, chegou a superar a marca de US$ 80 durante o pregão, maior valor desde outubro de 2018. No entanto, o aumento da cautela do mercado fez a commodity perder força e fechar o dia com uma leve alta.
Em resumo, os preços dos contratos futuros para novembro do barril do petróleo Brent subiram 0,55%, para US$ 79,09, na ICE, em Londres. Com isso, o Brent se aproxima cada vez mais da marca dos US$ 80 dólares de fechamento, registrada pela última vez há quase três anos.
Por outro lado, os contratos para o petróleo WTI também para novembro, que é a referência norte-americana, caíram 0,21% na sessão, interrompendo seis cinco sessões seguidas de alta. Assim, o barril ficou cotado a US$ 75,29 na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).
Cautela global limita cotação dos preços do petróleo
Dois principais motivos fizeram o petróleo perder fôlego nesta terça: temores envolvendo corte de energia na China e impasse orçamentário nos Estados Unidos.
Em suma, o país asiático agora lida com cortes de energia e interrupções de suas produções. A China vem limitando as produções de aço e ferro no país para cumprir metas ambientais. Além disso, a Evergrande, segunda maior empresa do setor imobiliário chinês, continua preocupando. Tudo isso já fez alguns órgãos reduzirem as suas projeções para o crescimento da segunda maior economia mundial em 2021.
Por fim, a situação nos EUA também preocupou os investidores nesta terça. Em síntese, o impasse que está ocorrendo no Senado norte-americano se refere ao aumento do teto da dívida. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, alertou para os riscos desta situação. Essas situações fizeram o mercado colocar o pé no freio e manter a cautela, o que afetou a alta do preço do petróleo.
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