O minério de ferro sofreu fortes perdas entre junho e setembro, chegando a cair quase 50% no ano. Inclusive, a cotação da sua tonelada afundou para menos de US$ 93, menor preço em 16 meses. No entanto, o minério começou a apresentar um desempenho bastante consistente em outubro, superando os US$ 135.
Então, chegou novembro, e o preço da tonelada já caiu 11% no mês. A saber, o minério com teor de 62% de ferro recuou 3,6% ontem (1º) e tombou 7,4% nesta terça-feira (2). Com isso, o preço da tonelada no porto de Qingdao, na China, chegou a US$ 95,77. Aliás, esta é a referência internacional do minério.
Com o acréscimo do resultado de hoje, a commodity voltou a ficar ainda mais próxima do menor patamar deste ano. Inclusive, o minério acumula perdas de cerca de 40% em 2021. Contudo, analistas ainda acreditam que o preço do minério voltará a subir e encerrará o ano acima de US$ 150.
Veja o que está derrubando o preço do minério
Em resumo, o minério de ferro começou a sofrer fortes quedas em seu valor de mercado no final de junho. Diversos fatores contribuíram para essa situação, principalmente as restrições de produção de aço e ferro fundido na China para cumprir metas ambientais.
Nesse cenário, a demanda da China se mostra cada vez menor, pois diversas empresas do setor estão enfrentando restrições. Nesta terça, o minério ainda sofreu com a maior oferta do Brasil e da Austrália. De acordo com dados da consultoria Mysteel, os países elevaram em quase 1 milhão de toneladas suas ofertas, ajudando a derrubar ainda mais o preço da commodity.
Além disso, os estoques de minério de ferro tiveram forte alta nesta semana. Em suma, a China está com 146,5 milhões de toneladas em estoque, 4,05 milhões de toneladas a mais do que na semana anterior. A saber, os dados se referem a 45 portos chineses.
Vale destacar que o preço do minério também despencou na Bolsa de Commodity de Dalian. Lá, os contratos mais negociados com vencimento para janeiro afundaram 8,6%, com a cotação de 618,5 yuan por tonelada (US$ 97).
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