O minério de ferro continua sua saga para saber o quão fundo o poço pode ser. Nesta terça-feira (9), o preço da commodity recuou 1,6% e fez a cotação chegar a US$ 92,10 por tonelada no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional. A saber, esse é o menor nível do minério em um ano e meio.
O resultado de novembro é o inverso do que aconteceu em outubro. Em resumo, o minério apresentou um desempenho bastante consistente no mês passado, com a tonelada chegando a superar os US$ 135. No entanto, a volatilidade se faz presente em novembro e a cotação da tonelada da commodity só afunda.
Aliás, a cotação da tonelada do minério com teor de 62% de ferro chegou a atingir US$ 230,56 no começo de maio, batendo um recorde histórico. Contudo, o preço da commodity começou a descer a ladeira ininterruptamente e hoje acumula perdas de cerca de 60% da sua máxima no ano.
Veja o que está derrubando o preço do minério
Em suma, o minério de ferro começou a sofrer fortes quedas em seu valor de mercado no final de junho. Diversos fatores contribuíram para essa situação, principalmente as restrições de produção de aço e ferro fundido na China para cumprir metas ambientais.
Dessa forma, a demanda da China continua se mostrando cada vez mais limitada, pois diversas empresas do setor seguem pressionadas pelas restrições no país. Esse cenário também prejudica a cotação do aço, cujos preços seguem caindo.
Além disso, o minério também caiu na Bolsa de Commodity de Dalian nesta terça. Em síntese, os contratos de coque mais ativo negociados na Bolsa com vencimento para janeiro caíram 1,8% na sessão. Vale destacar que o mau tempo em províncias e cidades do norte do país acabaram atrasando o transporte de insumos siderúrgicos, provocando a queda no preço da commodity.
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