O minério de ferro continua apanhando sem parar. A saber, o preço da commodity afundou 8,09% nesta quinta-feira (16). Com isso, a cotação do minério no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional, caiu para US$ 107,21 por tonelada. Aliás, o preço se aproxima cada vez mais do patamar de US$ 100 dólares, visto pela última vez em julho do ano passado.
Em resumo, a queda fez o minério com teor de 62% de ferro acumular perdas de 30,23% apenas em setembro, segundo a publicação especializada Fastmarkets MB. Na parcial de 2021, o tombo é um pouco mais intenso, chegando a 33,19%.
Vale ressaltar que o preço do minério havia batido recorde em maio, época em que a tonelada custava US$ 237. Esse valor representava uma disparada de 50% no acumulado do ano. No entanto, a valorização do minério já foi zerada há tempos e a desvalorização cresce a cada sessão.
Além disso, a cotação dos contratos mais negociados com entrega para janeiro na Bolsa de Commodity de Dalian também caiu. Em resumo, a queda foi menos intensa (-3,2%) e fez a commodity encerrar o pregão cotada a 692,50 yuanes (ou US$ 108).
O minério de ferro vem sofrendo fortes quedas em seu valor de mercado desde o final de junho. Diversos fatores contribuem para essa situação. Aliás, esses tombos recorrentes tendem a prejudicar o desempenho de empresas ligadas ao setor no terceiro trimestre de 2021.
Veja mais detalhes da queda da cotação do minério de ferro
A China continua impondo restrições à produção de aço no país. O governo chinês está limitando a operação de usinas siderúrgicas, com o objetivo de cumprir metas ambientais. Isso provocou a redução do ritmo da produção mundial de aço em julho.
A saber, 99% do minério de ferro produzido vai para a fabricação de aço e ferro fundido. Como a produção de aço segue limitada, a demanda por minério cai, puxando consigo os preços da commodity. E a China é simplesmente a maior produtora mundial de aço.
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