Após a tentativa de recuperação na véspera, os preços do minério de ferro voltaram a cair nesta quarta-feira (8). A saber, a commodity teve queda firme de 4,2% no porto de Qingdao, na China. Assim, o preço da referência internacional caiu para US$ 132,19 por tonelada.
Em 19 de agosto, o minério de ferro havia afundado 13,5%, para US$ 132,66 por tonelada. Esse havia sido o menor preço da commodity desde o início de dezembro de 2020. Até aquela data, o minério acumulava uma desvalorização de 27% apenas em agosto. Aliás, a commodity vem sofrendo fortes quedas desde o final de junho.
No entanto, a queda de hoje fez o minério de ferro renovar a mínima de 2021. A propósito, esse é o menor nível da commodity com teor de 62% de ferro desde 1º de dezembro, segundo a publicação especializada Fastmarkets MB.
A situação é completamente diferente da observada em maio deste ano. À época, o preço do minério havia batido recorde e custava US$ 237 por tonelada, o que representava disparada de 50% no acumulado do ano. Agora, a valorização já foi zerada e a commodity acumula perdas de 14% em setembro e de 17,6% em 2021.
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Em suma, o que explica os tombos, especialmente nos últimos meses, é a desaceleração da recuperação econômica global. A variante Delta do novo coronavírus, cepa mais transmissível já sequenciada, vem aumentando as preocupações no mundo. A elevação do número de casos e mortes tende a interromper novamente a retomada econômica.
Além disso, a China continua impondo restrições à produção de aço no país. O governo chinês está limitando a operação de usinas siderúrgicas, afirmando que o objetivo das medidas é cumprir metas ambientais. Isso provocou a redução do ritmo da produção mundial de aço em julho.
Por fim, as importações de minério de ferro pela China recuaram 1,7% no acumulado de 2021, totalizando cerca de 746,5 milhões de toneladas. Os dados são da consultoria Mysteel.
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