O penhasco no qual o minério de ferro caiu parece não ter fundo. A saber, a commodity tombou 4,5% nesta segunda-feira (13), elevando a série de quedas nos últimos pregões. Com isso, a cotação do minério no porto de Qingdao, na China, que é a referência internacional, caiu para US$ 123,84 por tonelada.
Em resumo, a queda de hoje fez o minério com teor de 62% de ferro atingir o menor nível desde 13 de novembro, segundo a publicação especializada Fastmarkets MB. À época, a cotação da commodity havia atingido US$ 122,37 por tonelada.
Aliás, situação é completamente diferente da observada em maio deste ano. Isso porque o preço do minério havia batido recorde quatro meses atrás e custava US$ 237 por tonelada. Esse valor representava uma disparada de 50% no acumulado do ano.
No entanto, a valorização do minério já foi zerada há tempos com as recorrentes quedas. Assim, a commodity agora acumula perdas de 17% em setembro. Na parcial de 2021, a situação é ainda mais séria e o minério tem desvalorização de quase 23%.
Vale destacar que a cotação na Bolsa de Commodity de Dalian, também na China, os contratos mais negociados com entrega para janeiro caíram 3,5%. Com isso, a tonelada encerrou o pregão cotada a 706 yuanes. Já o carvão magnético afundou 6,3%.
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Em suma, o que explica os tombos, especialmente nos últimos meses, é a desaceleração da recuperação econômica global. A variante Delta do novo coronavírus, cepa mais transmissível já sequenciada, vem aumentando o número de casos e mortes no mundo. Assim, a demanda global por minério diminui cada vez mais, assim como o seu preço.
Além disso, a China continua impondo restrições à produção de aço no país. O governo chinês está limitando a operação de usinas siderúrgicas, afirmando que o objetivo das medidas é cumprir metas ambientais. Isso provocou a redução do ritmo da produção mundial de aço em julho.
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