Os brasileiros podem preparar o bolso porque o gás de cozinha terá aumento que começa a valer a partir do primeiro dia do mês de maio. O reajuste vai acontecer, principalmente, por causa da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O imposto será aplicado de forma uniforme em todos estados do Brasil e também terá impacto no preço do diesel.
A estimativa do percentual de aumento foi informada pelo Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo. A aplicação do ICMS está definida por lei desde 2022 e estava prevista inicialmente para ser adotada a parir do dia 1º de abril, mas o prazo foi postergado para que os estados pudessem fazer ajustes em seus modelos de tributação.
O preço do gás de cozinha é definido levando em consideração três fatores que são somados: o imposto estadual (que é o ICMS); os custos de produção, distribuição e revenda; e o valor cobrado nas refinarias por parte da Petrobras. Cada um destes elementos possui percentuais pré-determinados que compõem o preço final que é repassado para os consumidores.
Veja de quanto será o novo reajuste no valor do gás de cozinha
De acordo com o Sindigás, o preço médio do gás de cozinha vai subir 11,9%, o que vai gerar um aumento em 20 dos 26 estados do Brasil. A mudança de valores é gerada pela aplicação do ICMS de forma uniforme em todo o país, o que ficou definido através do Conselho de Política Fazendária. O imposto que era de R$ 14,60 passa a ser de R$ 16,34.
Além do ICMS, outros dois elementos são somados para determinar o preço final do botijão de gás, são os percentuais de produção, distribuição e revenda e os valores repassados para a Petrobras. Dessa forma, os preços de comercialização podem variar de um estado para outro e ter alteração em diferentes locais de um mesmo estado.
A cobrança do ICMS no aumento do botijão de gás de cozinha passa a ser uniforme, de R$ 1,2571 por quilo. No diesel o imposto aplicado é de R$ 0,9456 por litro. Também haverá aumento para a gasolina que é composta por uma parte do etanol, com uma alta de R$ 1,22 por litro, que entra em vigor a partir de 1º de junho.
Veja os estados que serão afetados pelo reajuste
O aumento será em 20 estados e no Distrito Federal, com 4 estados apresentando redução e os outros 2 com previsão de estabilidade dos preços. O maior aumento será em Mato Grosso, onde a alta está prevista para 84,5%. Em seguida aparecem Bahia, com o percentual de 77,3% e Sergipe, onde o preço vai subir 56,2%.
Além destes, as demais altas são nos estados do Rio de Janeiro (49,8%), Amapá (44,9%), Rio Grande do Sul (35,1%), São Paulo (28,5%), Distrito Federal (23%), Goiás (23%), Piauí (21,8%), Pernambuco (18,6%), Maranhão (19,7%), Tocantins (21,4%), Mato Grosso do Sul (16,9%), Alagoas (12,8%), Paraná (9,5%), Pará (8%), Roraima (5,5%), Rondônia (5%), Amazonas (4,1%) e Paraíba (2,4%).
As diminuições de preço são nas unidades federativas de Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre, onde as reduções serão de -21,2%, -18,7%, -11,3% -11,1% respectivamente. Os valores permanecem estáveis no Espírito Santo e no Ceará.