As famílias brasileiras sofreram em 2021 com os altos preços do gás de cozinha. O item, encontrado em milhares de lares do país, acumulou um avanço expressivo de 35,84% no ano passado. Aliás, o botijão teve a maior alta na região Sul (+37,75%), enquanto o Norte apresentou a menor variação anual (+31,99%).
Na semana de 26 de dezembro de 2021 a 1º de janeiro de 2022, o gás de cozinha registrou leve alta de 0,05% no país. Com isso, o preço médio do botijão chegou a R$ 102,28. Os dados fazem parte da Síntese de Preços Semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualizada nesta segunda-feira (3).
Essa é a 12ª semana consecutiva que o preço do gás supera os R$ 100 no país. Isso mostra que, apesar do tímido avanço semanal, o botijão continua comprometendo uma parte significativa da renda dos brasileiros, especialmente das famílias de renda mais baixa.
Na semana, o gás ficou mais caro em todas as regiões do país, com exceção do Sudeste, onde o preço caiu 0,39%. Por outro lado, os valores do botijão tiveram alta no Nordeste (+0,47%), Centro-Oeste (+0,26%), Sul (-0,20%) e Norte (+0,16%).
Já entre as Unidades da Federação (UFs), 12 registraram preços mais elevados que os da semana anterior. Em resumo, o maior acréscimo veio da Bahia (+1,65%), após o estado apresentar o maior recuo na semana anterior. As outras variações não ultrapassaram 1%, exceto no Paraná, onde o gás ficou 1,25% mais caro na semana.
Em contrapartida, entre os 15 recuos registrados no país, os mais intensos vieram do Tocantins (-1,64%), Santa Catarina (-1,61%), Roraima (-1,60%) e Piauí (-1,39%). As outras variações foram menos intensas que 1%.
Ranking nacional do preço dos botijões
Com as variações, o preço do botijão vendido no Rio de Janeiro encerrou o ano como o mais barato do Brasil. Aliás, o estado fluminense liderou o ranking dos menores preços do país em 52 semanas de 2021, enquanto o botijão do Distrito Federal foi o mais barato em apenas uma semana. Nesta atualização, o botijão do RJ custou R$ 92,942 após alta de 0,44%.
Na sequência, ficaram: Pernambuco (R$ 93,453), Bahia (R$ 94,881), Sergipe (R$ 96,795), Espírito Santo (R$ 97,798), Distrito Federal (R$ 98,303) e Alagoas (R$ 99,099). Estes foram os únicos locais com preços abaixo de R$ 100.
Por outro lado, o botijão mais caro do país foi novamente o de Mato Grosso, custando R$ 122,794 (-0,13%). Em seguida, ficaram: Rondônia (R$ 118,566), Amapá (R$ 116,667), Acre (R$ 116,499), Tocantins (R$ 113,495), Goiás (R$ 110,966), Roraima (R$ 110,826) e Santa Catarina (R$ 110,534).
Já entre as regiões, o Norte continuou liderando o ranking nacional, com o botijão alcançando um valor médio de R$ 111,215. Em seguida ficou o Centro-Oeste, onde o preço subiu para R$ 109,839. O Sul completa o top três, com o botijão de gás custando R$ 105,255.
Dessa forma, os menores preços continuaram comercializados no Nordeste (R$ 99,660) e Sudeste (R$ 100,063), únicas regiões com valores menores que a média nacional. Nos rankings semanais de 2021, o Sudeste teve o gás mais barato do país em 32 semanas, enquanto o Nordeste apresentou o menor valor entre as regiões por 21 semanas.
Por fim, vale ressaltar que o levantamento da ANP mostra os preços médios de revenda do país, mas também os preços de paridade de importação nos postos. Em suma, a variação no Porto de Santos caiu 2,74% na semana, taxa semelhante a do Porto de Suape (-2,74%).
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