O feijão carioca vem pesando cada vez mais no orçamento dos brasileiros. A saber, o preço do item já subiu 21,5% em 2022, taxa bem superior à variação dos alimentos em geral (8,14%). Isso mostra o quanto o grão ficou caro, fazendo a população gastar mais para tê-lo em casa.
De acordo com a prévia da inflação (IPCA-15), divulgada pelo IBGE, o preço do feijão carioca saltou 6,69% em maio, impulsionando o acumulado anual. Já a inflação dos alimentos teve um avanço bem menor no mês, de 1,52%.
Aliás, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) também vem informando nos últimos meses que o feijão carioca é um dos itens com os maiores avanços entre os alimentos pesquisados.
Entenda o que impulsiona os preços do feijão carioca
Segundo o Dieese, o grão está mais caro no país devido à baixa oferta do grão, aliada à redução da área plantada. Embora a demanda interna continue enfraquecida, principalmente por causa do empobrecimento das famílias do país, a oferta também está menor. E o resultado desse cenário são preços mais elevados do feijão carioca.
Além disso, a colheita de segunda safra do grão teve início em Minas Gerais e Goiás, enquanto já está em seu fim no Paraná. Em suma, os riscos de geadas e os ventos frios estão impulsionando os preços da leguminosa.
“Não bastasse o clima não estar ajudando, temos neste momento a menor área destinada ao carioca de segunda safra desde 2016”, disse Marcelo Lüders, presidente do Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses (Ibrafe).
Veja como substituir o feijão por outros itens
Como o feijão vem pesando no bolso dos brasileiros, muita gente está procurando itens mais baratos para substitui-lo. Em resumo nutricionistas afirmam que os seguintes itens possuem taxas de fibras, ferro e proteínas vegetais semelhantes as do feijão. No entanto, vale pesquisar os preços para saber se realmente vale a pena substituir o item.
- Lentilha;
- Vagem;
- Ervilha;
- Soja;
- Grão-de-bico.
Entre outros benefícios, estas opções proporcionam queima de gordura, possuem fibras solúveis e vitaminas A e C. A única ressalva é para a soja, que pode interferir na absorção de algum nutriente. Por isso, a recomendação é que a população consuma a soja fermentada, já que o processo reduz os fatores antinutricionais do grão.
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