O preço do café acumula uma forte alta de 56,87% em 12 meses, encerrados em janeiro. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o café torrado e moído disparou 4,7% no mês passado. E a consequência é o encarecimento do item para os consumidores.
Tomar aquele cafezinho não está tão fácil como antigamente. Os consumidores precisam pagar mais caro para adquirir a bebida. Aliás, o café é item essencial para refeições de diversas famílias do país. E o preço do item foi o que mais subiu entre os produtos pesquisados no primeiro mês deste ano.
Em suma, a saca do café arábica disparou de R$ 485,00 em 2020 para R$ 1.510,00 em 2022. Esse forte avanço dos preços ocorreu devido à queda da produção nacional e aos problemas climáticos. Inclusive, o café arábica é o mais usado na indústria de torrefação. Estes dados foram divulgados pelo Centro do Comércio do Café de Minas Gerais (CCCMG).
Por falar nisso, o estado de Minas Gerais é o maior produtor nacional de café. Contudo, a produção do estado vem caindo há dois anos, o que reduz os estoques de café do país.
“Os principais estados produtores de café, Espírito Santo, São Paulo e Minas foram acometidos por fatores climáticos. A seca no momento da florada e a geada nos meses de junho e julho”, disse Alessandro Santiago, técnico em agropecuária, em entrevista ao G1.
Lucro dos cafeicultores não cresceu com os altos preços do café
Embora o preço do café tenha acumulado uma forte alta nos últimos meses, os cafeicultores afirmam que o lucro não seguiu o mesmo caminho. Isso porque o dólar fechou o ano passado com uma valorização firme ante o real. Além disso, a inflação elevada também impulsionou os custos de produção, fazendo os cafeicultores gastarem mais.
Vale destacar que a expectativa é de mais alta dos preços nos próximos meses. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que o Brasil colha 55,7 milhões de sacas de café em 2022. Esse valor representa um crescimento de 17% em relação a 2021. No entanto, os preços só deverão cair para o consumidor a partir do segundo semestre.
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