A inflação no Brasil subiu 0,59% em outubro, após três meses consecutivos de queda. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram taxas superiores a registrada no mês anterior. E o principal destaque no mês foram as passagens aéreas, cujos preços saltaram mais de 27% em relação a setembro.
Em resumo, os dados se referem ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta quinta-feira (10).
De acordo com o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, a disparada dos preços das passagens aéreas fez o grupo transportes voltar a apresentar taxa positiva. Em suma, o grupo vinha caindo nos últimos meses devido à redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis, mas isso mudou no mês passado.
“Além do aumento da passagem aérea, de 27,38%, também foi importante o recuo no preço dos combustíveis, de 1,27%, menos intenso do que no mês anterior, quando a queda foi de 8,50%”, explicou Kislanov.
Por falar nos combustíveis, fecharam o mês em queda: gasolina (-1,56%), óleo diesel (-2,19%) e gás veicular (-1,21%). Em contrapartida, o etanol registrou alta de 1,34%, após meses de recuos.
Também vale destacar a queda de 3,13% nos preços dos transportes por aplicativo, que haviam subido 6,14% em setembro. Isso ajudou a limitar o avanço do grupo transportes em outubro, mas não impediu o seu avanço.
SALÁRIO MÍNIMO deveria ter sido de R$ 6.458,86 em outubro
Oito dos nove grupos pesquisados sobem no mês
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Veja abaixo a variação dos nove grupos em setembro:
- Vestuário: 1,22%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,16%
- Alimentação e bebidas: 0,72%
- Transportes: 0,58%
- Despesas pessoais: 0,57%
- Artigos de residência: 0,39%
- Habitação: 0,34%
- Educação: 0,18%
- Comunicação -0,48%
“Há um claro contraste, porque alimentação e transportes, os dois grupos de maior peso, tiveram variação negativa em setembro e altas em outubro”, explicou Kislanov.
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