A inflação no Brasil subiu 0,41% em novembro, após alta de 0,59% no mês anterior. Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram taxas superiores a registrada no mês anterior. E o principal destaque no mês foi a gasolina, cujo preço subiu 2,99% em relação a outubro.
Em resumo, os dados se referem ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A saber, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo levantamento, divulgou as informações nesta sexta-feira (9).
De acordo com o gerente do IPCA, Pedro Kislanov, a forte queda de 9,80% nos preços das passagens aéreas puxou a inflação para baixo, desacelerando a sua variação em novembro. Aliás, a taxa negativa sucede duas altas expressivas registradas nos meses anteriores.
“Essa queda de novembro tem a ver com a alta muito grande de passagens aéreas em outubro. Tem aí um reflexo e as passagens também têm outros fatores envolvidos, a questão da sazonalidade”, explicou Kislanov. Ele aproveitou para minimizar uma possível influência do dólar nessa queda nos preços.
Embora o item tenha recuado no mês, os combustíveis ficaram mais caros e impulsionaram a taxa do grupo transportes. Em suma, os preços dos combustíveis subiram 3,29%, após recuarem 1,27% em outubro.
Esse avanço firme foi impulsionado pelas altas do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%). Aliás, a gasolina exerceu o maior impacto individual no IPCA em novembro, de 0,14 ponto percentual. A única exceção foi o gás veicular, cujo preço caiu 1,77% no mês passado.
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Sete dos nove grupos pesquisados sobem no mês
De acordo com o IBGE, a inflação subiu em sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Veja abaixo a variação dos nove grupos em novembro:
- Vestuário: 1,10%
- Transportes: 0,83%
- Alimentação e bebidas: 0,53%
- Habitação: 0,51%
- Despesas pessoais: 0,21%
- Educação: 0,02%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,02%
- Comunicação -0,14%
- Artigos de residência: -0,68%
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