Os brasileiros que desejam viajar de avião estão gastando bem mais que o esperado com as passagens aéreas. A saber, o item vem registrando fortes altas nos últimos meses, provocando o adiamento de viagens e a frustração de milhares de pessoas.
De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o preço médio das passagens no mercado interno ficou em R$ 682,60 em maio. Esse valor representa uma alta de 22% em relação a 2019, quando o mundo ainda não enfrentava a pandemia da covid-19. Aliás, a crise sanitária afundou o setor aéreo mundial em 2020 devido às medidas restritivas de locomoção.
Já na comparação com o ano passado, o aumento dos preços das passagens foi ainda mais expressivo, de 48,5%. Em resumo, uma passagem aérea que custava R$ 500 em maio de 2021, passou a ter um preço de R$ 742,5 no mesmo mês deste ano.
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Preço do querosene de aviação impulsiona passagens aéreas
Entre os principais fatores que estão impulsionando os preços das passagens aéreas nos últimos tempos, o querosene de aviação (QAV) vem se destacando. Um levantamento da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) revelou que o QAV disparou 70,6% apenas nos seis primeiros meses deste ano.
Segundo a Anac, o combustível acumula uma alta ainda maior em relação a 2019, de 137,8%. Em suma, o item está bem mais caro no planeta devido à guerra entre Rússia e Ucrânia, que vem reduzindo a oferta de petróleo e, consequentemente, dos seus derivados.
A saber, o QAV representa cerca de um terço dos custos que as companhias aéreas possuem. Isso quer dizer que, quanto mais caro estiver o combustível, mais salgados os preços das passagens aéreas também deverão ficar. Aliás, a Abear informou que o QAV comercializado no Brasil chega a ser até 40% mais caro que no exterior.
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